Foto: Divulgação FIBA

Brasil comemora virada histórica contra os EUA na AmeriCup

O Brasil está na final da AmeriCup. Com uma virada heroica no segundo período, a seleção tirou uma desvantagem de 20 pontos e venceu os EUA por 92 x 77. Agora, aguarda o vencedor de Canadá e Argentina para conhecer o adversário na grande final. A seleção não vence a AmeriCup desde 2009. Na última edição, em 2022, disputada no Recife, a Argentina venceu o Brasil na final, frustrando os planos de uma festa em casa.

Em quadra, o Brasil não contou com Ruan, que rompeu o ligamento cruzado anterior justamente no duelo contra os EUA na primeira fase. Já os americanos tiveram força máxima e começaram muito bem, principalmente com Langston Galloway, ex-New York Knicks e Detroit Pistons, entre outras franquias da NBA.

Mas o Brasil achou o quinteto ideal nos últimos períodos, fortaleceu a defesa e conseguiu ter mais tranquilidade para atacar, aproveitando o bom momento do perímetro e um ótimo índice de acertos na linha do lance livre.

Os Estados Unidos começaram com melhor aproveitamento ofensivo, principalmente com Jerian Grant. No garrafão, Lucas Dias e Tyler Cavanaugh travaram um duelo à parte, com muita fisicalidade entre os dois. O Brasil conseguiu pontuar sob a cesta e também do perímetro, mas os EUA tiveram bons momentos nos pontos de segunda chance, quebrando a defesa brasileira. As duas seleções tentaram forçar trocas e buscaram mismatches para cestas fáceis, deixando o período equilibrado.

Foto: Divulgação FIBA

Bruno Caboclo brilhou no último período e terminou a partida com 20 pontos e 9 rebotes

O segundo período manteve a paridade nos primeiros minutos, com destaque para a produção ofensiva de Lucas Dias, deixando o Brasil na liderança em alguns momentos. Mas na metade da parcial os EUA calibraram a defesa e travaram o ataque brasileiro. Langston Galloway aproveitou a marcou oito pontos consecutivos, devolvendo a vantagem para os americanos. A diferença chegou aos dois dígitos de diferença, obrigando Petrovic a parar o jogo e reorganizar a equipe. Mas Galloway seguiu imparável, com 20 pontos apenas no segundo período, liderando os EUA a irem para o intervalo vencendo por 38 x 52.

Mas na volta dos vestiários o Brasil se viu diante de mais um problema: Caboclo cometeu a quarta falta e precisou ser substituído. Os EUA levaram o jogo para 20 pontos de diferença. Petrovic pediu mais um tempo, acionou uma defesa por zona e o Brasil começou a correr a quadra, ainda que sem muita ordem. Mas aos poucos a estratégia funcionou, principalmente com Yago, que teve seu melhor momento na competição, e a diferença caiu para apenas um dígito.

Só que os EUA conseguiram controlar a situação no início do último período. Vendo o Brasil perder os rebotes ofensivos, Petrovic voltou com Caboclo em quadra. O pivô fez a diferença nos dois lados da quadra e liderou a reação brasileira, que diminuiu a diferença para apenas três pontos na metade da parcial. Stephen Silas, técnico americano, tentou parar a partida, mas a seleção brasileira seguiu imparável. Yago, Lucas Dias e Benite lideraram o ataque, que teve um ótimo aproveitamento nos minutos finais, garantindo a virada heróica e a classificação para a final: 92 x 77, com direito a 34 x 9 no último quarto.

Próximos jogos

O Brasil volta a jogar neste domingo (31), contra o vencedor de Canadá e Argentina, às 21h10 (de Brasília), com transmissão da ESPN e do Disney+. Já os EUA disputarão o terceiro lugar às 17h40 (de Brasília).

Fonte: Espn Brasil