Greve de entregadores afeta entregas e comércio em Teresina

A paralisação dos entregadores por aplicativo em Teresina, iniciada nesta segunda-feira (31), tem causado impactos significativos no serviço de entrega da capital. O movimento, que segue até esta terça-feira (1º), acontece em frente à Câmara Municipal de Teresina e é parte de uma mobilização nacional organizada pela Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos (Anea).

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Os consumidores já sentem os efeitos da greve, enfrentando dificuldades para realizar pedidos e recebê-los dentro do prazo habitual. Restaurantes e comércios que dependem desse serviço também relatam quedas nas entregas e possíveis prejuízos. Pequenos empreendedores, que utilizam os aplicativos como principal meio de distribuição, também foram impactados.

A categoria reivindica melhores condições de trabalho, incluindo mais segurança e a implementação de pontos de apoio com infraestrutura adequada. "Nós não temos nem um bebedouro. Nos reunimos em praças, esquinas e calçadas, vulneráveis a assaltos", afirmou um dos manifestantes.

Outro ponto crítico da paralisação é a regularização da CNH para os entregadores. De acordo com Pedro Higino, representante da categoria, mais de 50% dos trabalhadores atuam sem habilitação por falta de condições financeiras. Eles exigem a inclusão da categoria no Programa CNH Social, que oferta a carteira gratuitamente para grupos sociais vulneráveis.

Os entregadores também protestam contra a "rota dupla", prática na qual são designadas múltiplas entregas em uma única viagem sem que o pagamento seja proporcional ao serviço prestado. Além disso, reivindicam o aumento da tarifa mínima para motoristas de aplicativos de passageiros, fixando o valor de R$ 2 por quilômetro rodado.

Até o momento, as empresas de aplicativos ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as demandas. Os trabalhadores aguardam uma resposta e afirmam que manterão a paralisação conforme programado.