Vazamento de 16 bilhões de senhas expõe usuários do Google, Apple e Meta

Dados foram publicados na dark web e podem ser usados em fraudes e ataques virtuais em massa

Um dos maiores vazamentos de dados da história da internet acaba de ser revelado por pesquisadores da empresa de cibersegurança Cybernews. A investigação identificou a publicação de um conjunto massivo de credenciais de acesso na dark web, totalizando mais de 16 bilhões de senhas. A origem dos dados está relacionada a serviços de grandes empresas globais, como Google, Apple, Meta (Facebook e Instagram), entre outras.

O Brasil figura entre os países mais afetados, com milhões de registros expostos. As informações comprometidas foram agregadas em um arquivo de texto de 1,5 terabyte, divulgado em fóruns clandestinos por um hacker que se intitula como “root”.

De acordo com os especialistas, essa coleta massiva – apelidada de “Mother of All Breaches” (MOAB) – é resultado da consolidação de múltiplas violações de segurança ocorridas nos últimos anos. O compilado inclui dados de contas ativas, muitas delas ainda válidas, expondo usuários a sérios riscos como roubo de identidade, fraudes financeiras, invasões de privacidade e golpes diversos.

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Os pesquisadores alertam para a possibilidade de esses dados serem utilizados em ataques automatizados, como tentativas de login em massa (credential stuffing), prática comum entre cibercriminosos que testam combinações de e-mails e senhas em diversos sites e serviços.

Foto: Tecmundo

A recomendação para os usuários é imediata: alterar senhas comprometidas, adotar autenticação em dois fatores sempre que possível e evitar o uso da mesma senha em múltiplos serviços. Ferramentas de verificação de exposição, como o Have I Been Pwned, podem auxiliar na identificação de vazamentos específicos por e-mail.

A escala e gravidade deste vazamento reacendem o debate sobre a segurança digital, destacando a necessidade de maior rigor por parte das empresas de tecnologia na proteção de dados sensíveis, bem como a educação dos usuários quanto às boas práticas de cibersegurança.

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