Ministra Marina Silva diz que hidrogênio verde do Piauí será fundamental
“Transição global” é eminente e necessária
RedaçãoA Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, concedeu entrevista, na manhã de segunda-feira (5), em Brasília. A deputada federal licenciada dialogou com jornalistas de todas as regiões do país e avaliando o impacto da produção do Hidrogênio Verde para a transição energética global.
No mês de março o conselho nacional das zonas de processamento de exportação (CZPE), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, onde o Ministro é o Vice-presidente da República, Geraldo Alkimim, aprovou projeto da empresa Solatio para a produção de hidrogênio verde e amônia verde na zona de processamento de exportação (ZPE) de Parnaíba. A iniciativa terá um investimento aproximado de R$ 27 bilhões de reais e a geração de 2,7 mil empregos diretos e indiretos, com capacidade de geração de 3 GW por ano.
A transição energética será um dos pilares da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) que será realizada em novembro, em Belém. Como etapa preparatória para a COP 30, o governo realiza a partir de amanhã a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente. Durante o evento mais de 2635 propostas serão analisadas e servirão de base para a atualização da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e para a construção do novo Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima).
Questionada sobre o impacto do projeto de hidrogênio verde que será instalado no estado, Marina Silva avaliou positivamente a planta da fábrica estruturada no Piauí.
“A transição energética é até um eixo específico dentro da conferência, nós vamos precisar substituir energia fóssil de carvão de petróleo, gás, por energia limpa que vem do sol, que vem da água, que vem do vento, da biomassa e também a partir dessas fontes de geração, temos que fazer aí todo o processo do hidrogênio verde. Claro que é importante a contribuição que os estados estão dando, os estados do nordeste já dão uma grande contribuição com solar e energia eólica e agora o hidrogênio verde ter essas plantas. As plantas são um processo inovador e necessário, não apenas para o Brasil, mas para a transição energética, da matriz energética global”, afirmou.
Marina Silva comentou também sobre os dados positivos de redução do desmatamento na região do Matopiba.
“Um outro ponto importante é, além da transição energética, são as ações voltadas para o fim do desmatamento. Nós, no começo do governo do presidente Lula, o Cerrado estava com uma curva de alta de desmatamento, principalmente aí na região do Matopiba, com um esforço muito grande. Nós começamos a empurrar essa, digamos, essa ascendência, essa linha para baixo e agora nós estamos conseguindo reduzir desmatamento no Cerrado. Mas é fundamental que o esforço continue sendo feito, porque a ação de mitigação é na agenda de energia, na agenda de desmatamento, na agenda de transporte, de agricultura. Em todos os setores do governo. A nossa meta de redução de emissão de CO2, ela está até 2035 entre 59 a 67% para todos os gases de efeito estufa”, concluiu.