Rafael Fonteles destaca papel do Consórcio Nordeste na redução das desigualdades regionais
Governador aponta distorção no acesso ao crédito produtivo como desafio histórico ao desenvolvimento da região
RedaçãoO governador Rafael Fonteles (PT) destacou, nesta segunda-feira (1º), a importância da atuação conjunta dos estados nordestinos dentro do Consórcio Nordeste.
Em discurso cedido frente aos demais governadores e representantes, Fonteles afirmou que o consórcio cumpre o papel de defesa dos interesses da população da região Nordeste.
“É muito importante que nossa equipe seja cada vez mais institucionalizada e mais profissionalizada
para que o consórcio cumpra a missão de promover a integração da região, de promover a defesa intransigente dos interesses do povo nordestino e de fazer o compartilhamento das melhores práticas entre os nossos estados. São essas as funções do consórcio”, disse.
Segundo o político, ainda que o contexto político atual seja mais favorável ao diálogo inter-federativo - com o presidente Lula (PT) valorizando a parceria entre estados e municípios -, o Consórcio Nordeste permanece indispensável.
“Todo programa que o presidente Lula lança é em parceria com os estados e municípios. Então, claro que o papel do consórcio ficou mais facilitado diante de um contexto como esse, mas ele continua relevante […] Nós somos 57 milhões de habitantes, nós somos 27% da população brasileira, mas ainda representamos só 14% do PIB nacional. Mesmo que sejamos uma região muito relevante para o Brasil, o Consórcio Nordeste tem feito um papel fantástico na defesa da nossa região, do nosso potencial”, detalhou.
Fonteles reforçou, ainda, que uma das principais bandeiras defendidas pelo Consórcio Nordeste neste ano foi a correção de uma distorção histórica no acesso ao crédito produtivo.
“Apesar de representarmos 14% do PIB brasileiro, nós estávamos acessando menos de 10% do volume de crédito produtivo disponível, ou seja, do recurso que financia as empresas, só estava ficando uma fatia menor que 10% para o Nordeste em 2024. Talvez o principal responsável pela manutenção das desigualdades regionais seja essa distorção de crédito no Brasil”, analisou.