Dívida pública bruta do Brasil tem queda de 75,3% do PIB em janeiro

Nesta sexta-feira (14), o Banco Central (BC) divulgou dados que mostram que a dívida bruta do Brasil registrou uma queda inesperada em janeiro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou superávit primário. A dívida com proporção do Produto Interno Bruto (PIB) fechou janeiro em 75,3%, contra 76,1% no mês anterior e abaixo da expectativa de pesquisa da Reuters de 76,2%.

Já a dívida líquida foi a 60,8% em janeiro, de 61,2% em dezembro e projeção de 61,3%. Em janeiro, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 104 bilhões. O desempeno mostra que o governo central teve resultado positivo de R$ 83,2 bilhões, enquanto estados e municípios registraram superávit primário de R$ 21,9 bilhões e as estatais tiveram déficit de R$ 1 bilhão, mostraram os dados do BC.

A dívida bruta, que abrange o governo federal, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e os governos estaduais e municipais, é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores para avaliar a saúde das finanças públicas. A comparação com o PIB (Produto Interno Bruto) é feita para determinar se a dívida do governo é sustentável a longo prazo.

No ano passado, a dívida pública brasileira registrou o segundo aumento consecutivo, com uma elevação de 4,4 pontos percentuais desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao final de 2023, a dívida bruta brasileira atingiu 73,8% do PIB. Esse crescimento da dívida tem gerado preocupação tanto no mercado financeiro quanto na equipe econômica do governo, que vê a trajetória da dívida como um dos principais desafios a ser enfrentado.