Jornalista Arimatéia Azevedo é hospitalizado novamente com sintomas de AVC
O profissional, que cumpre prisão domiciliar há quase cinco anos, relatou sentir dormência no braçoO jornalista Arimatéia Azevedo, de 72 anos, foi novamente hospitalizado após apresentar sintomas de um possível Acidente Vascular Cerebral (AVC). O profissional, que cumpre prisão domiciliar há quase cinco anos, relatou sentir dormência no braço, dificuldades na fala, visão embaçada e intensas dores de cabeça enquanto estava em sua residência, localizada na zona sudeste de Teresina.
Este episódio reacende as preocupações sobre sua saúde, especialmente após ele ter sofrido um AVC isquêmico em setembro do ano anterior, o qual o levou a passar quase uma semana internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Completando cinco anos de prisão domiciliar em 13 de junho, Arimatéia Azevedo enfrenta acusações que, conforme sua defesa, carecem de provas substanciais mesmo já havendo condenações em seu desfavor. Azevedo tem uma trajetória marcada por intensos confrontos políticos e investigativos, sendo um dos jornalistas mais influentes e controversos do Piauí a época e após denúncias extorsão mediante chantagem ocorreram abertura de inquéritos que resultaram em prisões e em seguida condenação em seu desfavor. Sua carreira ganhou destaque nos anos 1980, quando passou a denunciar o crime organizado, sendo alvo de atentados contra sua vida, orquestrados pelo coronel José Viriato Correia Lima, atualmente preso e desafeto.
Nos anos 1990 e 2000, Arimatéia se tornou um denunciante de esquemas de corrupção no estado, consolidando-se como uma figura do jornalismo investigativo no Piauí o que pode ter gerado um pano de fundo para diversas situações dentre elas as que geraram sua prisão, ou seja, de investigador a investigado.
Agora, diante do seu estado de saúde aparentemente fragilizado e das controvérsias que cercam o processo segundo sua defesa e opinião, a sua prisão domiciliar continua sendo um caso debatido no cenário jurídico, jornalístico e político, tanto no Piauí e em alguns locais do Brasil provocado por ele, família e advogados.