Lena Rios, voz lendária da música piauiense, morre aos 75 anos em Teresina
Nascida em 16 de agosto de 1949, no Hospital Getúlio VargasLena Rios, a querida Barradinha, um dos grandes nomes da música brasileira e a voz piauiense da tropicália morreu na tarde desta segunda-feira (7), aos 75 anos. A cantora, jornalista e radialista faleceu em sua casa, no bairro Promorar, zona Sul de Teresina. Ela havia sido diagnosticada com enfisema pulmonar e estava com 70% dos pulmões comprometidos.
O velório será realizado a partir das 20h, na Pax União.
A carreira
Nascida em 16 de agosto de 1949, no Hospital Getúlio Vargas, Lena teve a arte em seu berço. Era filha do sanfoneiro Raimundo Barradas e da violinista Helena Siqueira Barradas.
Batizada como Maria do Socorro Barradas, recebeu ainda jovem o apelido de “Barradinha”. Ao se casar com Juliano Falconery Rios Neto, adotou o nome Maria do Socorro Barradas Falconery Rios. Mas foi na busca pelo estrelato que ela se reinventou. No início da década de 1970, em um encontro com Torquato Neto, Carlos Imperial e Carlos Lemos, nasceu o nome artístico: Lena Rios, uma homenagem à mãe, Helena.
Lena Rios começou sua carreira artística em Picos, na banda “Os Leões”. Ao perceber que a cidade havia se tornado pequena para seus anseios artísticos, passou a cantar em Teresina, integrando as bandas “Os Metralhas” e “Os Brasinhas”.
Sempre interpretando músicas nacionais, Lena lançou mais de dez álbuns ao longo da carreira e reafirmava o compromisso de homenagear os artistas piauienses. Neste último CD, com estreia marcada ainda para este ano, a cantora revelou que incluíra duas composições inéditas de Torquato Neto.
O jornalista Marcelo Barradas, filho de Lena, publicou uma despedida emocionada nas redes sociais.

"Hoje o céu ganhou uma estrela, e eu perdi um pedaço do meu coração. Partiu minha mãe, Maria do Socorro Barradas Falconery Rios, a nossa eterna Barradinha, como tantos carinhosamente a chamavam. Ela não foi apenas minha mãe. Foi uma força da natureza, uma mulher que fez história na comunicação piauiense com sua voz firme, sua presença marcante e sua paixão por tudo o que fazia. Uma pioneira, uma guerreira, e uma inspiração para muitos. Quem a conheceu, jamais esqueceu. Sua alegria, sua coragem, sua determinação. Dela herdei o amor pela comunicação, a obstinação por vencer desafios, e essa certeza de que nenhum sonho é alto demais. Hoje me despeço com o coração em pedaços, mas com a alma cheia de gratidão. Por tudo o que você foi, por tudo o que você ensinou, por tudo o que você deixou. Você não se vai completamente, mãe. Você vive! Te amo eternamente. Descanse em paz"
Fonte: Revista40graus e colaboradores