Lixo faz greve-relâmpago e volta às ruas após promessa de pagamento

A coleta de lixo nas zonas Sul e Sudeste de Teresina, suspensa na manhã desta segunda-feira (15), foi retomada depois que trabalhadores e a empresa responsável decidiram sentar à mesa — e lembrar que salário em dia costuma ajudar o serviço a funcionar. A paralisação ocorreu devido ao atraso no pagamento de horas extras e do vale-alimentação referentes ao mês de novembro.

Foto: Reprodução

Lixo na cidade

A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Piauí (Seeacep), Jonatas Miranda. Além da coleta domiciliar, os serviços de capina e varrição também haviam sido interrompidos, deixando claro que, sem acordo, nem a vassoura se mexe.

Ainda pela manhã, representantes do sindicato se reuniram com a empresa responsável pelas operações nas duas regiões da capital. O encontro resultou em um compromisso: todos os valores em atraso serão quitados até esta terça-feira (16). Com a promessa formalizada, a paralisação foi suspensa — pelo menos por enquanto.

“Estivemos reunidos na frente da sede da empresa, ela chamou para conversar e explicou que até amanhã irá concluir todos esses pagamentos. Todos aceitaram as condições e a paralisação foi suspensa”, afirmou Jonatas Miranda.

O tom conciliador, porém, vem com prazo de validade. Segundo o sindicalista, se o acordo não for cumprido até a meia-noite desta terça-feira, a cidade pode amanhecer novamente sem coleta. “Se amanhã não cumprirem o pagamento, quarta-feira Teresina amanhece em greve por tempo indeterminado”, alertou.

Em nota, a Entidade Autárquica Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb) tratou de separar o lixo das responsabilidades. O órgão afirmou que não há qualquer débito da Prefeitura de Teresina com a empresa Ibero Lusitana e que o problema decorre do não repasse, aos trabalhadores, dos tíquetes e das horas extras já pagos pelo Município.

A Eturb informou ainda que adotará as medidas administrativas e legais cabíveis para assegurar o cumprimento do contrato e os direitos dos trabalhadores. Enquanto isso, a coleta segue normalizada — aguardando para ver se a promessa vira pagamento ou se o lixo resolve protestar de novo.