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Mãe denuncia agressão a aluno autista em escola municipal de Teresina

Foi registrado boletim de ocorrência
Redação

A mãe de um estudante de 12 anos, matriculado em uma escola municipal no bairro Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina, registrou um boletim de ocorrência denunciando que o filho, uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi agredido por colegas de sala no último dia 24 de outubro.

Foto: ReproduçãoFerimentos na mucosa da boca que teria sido provocado pelas agressões
Ferimentos na mucosa da boca que teria sido provocado pelas agressões

Segundo o relato da mãe, a agressão aconteceu na porta da sala de aula quando o menino retornava do bebedouro. “Ele disse que foi pegar água e, ao voltar, esbarrou em um colega. Esse menino não gostou e começou a empurrar ele. Acabou apanhando de dois alunos da sala e ninguém apareceu para impedir”, contou.

A mãe afirmou ainda que, ao chegar à escola, encontrou o filho com ferimentos na boca. “Ele estava dentro da sala, machucado. A pedagoga não falou nada e a diretora disse apenas que os alunos tinham se desentendido. No dia seguinte, ele amanheceu com o rosto inchado”, desabafou.

Desde o episódio, a mãe decidiu não levar o filho de volta às aulas até que o caso seja apurado e medidas sejam tomadas. Ela também afirmou que o estudante possui laudo médico com recomendação de acompanhamento multidisciplinar e suporte escolar especializado, mas que a escola teria informado não haver necessidade.

“Ele escreve bem, desenha bem e tem altas habilidades, mas a escola disse que, por estar em sala regular, não precisa de acompanhamento”, relatou.

O que diz a Semec

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) confirmou que houve um conflito entre alunos na Escola Municipal Mariano Alves de Carvalho, envolvendo o estudante com TEA e outros dois colegas.

A pasta afirmou que a equipe escolar interveio imediatamente, mediou a situação e convocou as famílias. Segundo o órgão, os alunos pediram desculpas e os responsáveis saíram da reunião “cientes e compreendendo o ocorrido”.

A Semec informou ainda que o aluno com autismo conta com o apoio de um Auxiliar de Apoio à Inclusão em sala, conforme previsto na política nacional de Educação Especial, e que a escola segue adotando providências “para garantir a segurança, a mediação de conflitos e a manutenção de um ambiente escolar inclusivo e acolhedor”.

O certo é que a polícia deve investigar o caso e outras medidas devem ser tomadas pela SEMEC e qualquer outra instituição de ensino envolta em situações similares como palestras inclusivas e explicativas a cerca do autismo e afins.

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Fonte: Revista40graus e colaboradores

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