Governo do Brasil solicita reunião com governador do Rio e reitera oferta de ajuda

Governo federal monitora operação no Rio e cobra explicações do estado

A Casa Civil da Presidência da República divulgou uma nota, na noite desta terça-feira (28), sobre os desdobramentos da operação policial realizada no Rio de Janeiro, que deixou mais de 100 mortos, incluindo quatro policiais. O governo federal informou que acompanha a situação e que não foi consultado ou acionado pelo governo estadual para apoiar a ação.

Foto: Reprodução

Corpos no Complexo da Penha

Segundo o comunicado, uma reunião foi realizada na tarde de terça-feira na Casa Civil, sob coordenação do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin. Participaram do encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (PT), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Macaé Evaristo (Igualdade Racial), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação) e o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos.

Durante a reunião, representantes das forças federais reiteraram que não houve qualquer pedido de apoio ou comunicação prévia do governo do Rio de Janeiro antes da operação. O ministro Rui Costa entrou em contato com o governador Cláudio Castro (PL) e colocou à disposição vagas em presídios federais para receber presos detidos durante a ação.

A Casa Civil informou ainda que Rui Costa solicitou a realização de uma reunião de emergência nesta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro, com a presença dele e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para discutir a operação e seus desdobramentos.

A operação policial é considerada a mais letal da história do estado. As circunstâncias da ação e o alto número de mortes têm gerado críticas de entidades de direitos humanos e cobranças de transparência sobre a atuação das forças de segurança.