Lula celebra avanços e diz que governo recolocou o povo no centro do país

Na última reunião ministerial de 2025, realizada nesta quarta-feira (17/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um balanço dos dois anos e 11 meses de gestão, destacando avanços econômicos, sociais e institucionais e classificando o atual momento do Brasil como especial em sua história recente.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Presidente Lula durante reunião ministerial

Na abertura do encontro, Lula ressaltou o desempenho da economia, o fortalecimento dos bancos públicos e o crescimento de setores estratégicos como a indústria e a agricultura. “Estamos vivendo, do ponto de vista econômico e do financiamento dos nossos bancos, um momento quase ímpar na história desse país”, afirmou.

A reunião teve como objetivo consolidar os principais resultados do governo. As apresentações foram conduzidas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa; pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad; pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira; e pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Inclusão social e cidadania

Lula destacou o fortalecimento das políticas públicas voltadas à inclusão social e à ampliação de direitos básicos. Segundo o presidente, o governo avançou no combate à pobreza e na valorização da cidadania. “Acabamos com a invisibilidade do povo pobre deste país, de um povo que só era lembrado em época de eleição”, declarou.

O presidente citou como exemplos os investimentos recordes em Cultura e Segurança Alimentar. “Hoje as pessoas têm o direito de comer três vezes ao dia e de acessar a cultura, algo que nunca teve tanto investimento como agora”, ressaltou.

Economia em crescimento

Ao abordar a estratégia econômica, Lula enfatizou a importância da circulação de renda para impulsionar o desenvolvimento. “Quando o dinheiro circula na mão do povo, resolvemos boa parte dos desafios da industrialização, do consumo e da inflação”, afirmou.

O presidente também destacou o papel dos bancos públicos, como BNDES, Caixa, Banco do Brasil, Basa e BNB, que voltaram a ter forte capacidade de investimento. Segundo ele, há décadas essas instituições não registravam desempenho semelhante.

Lula lembrou ainda a aprovação de medidas estruturantes, como a reforma tributária e mudanças no Imposto de Renda, ressaltando o diálogo e a articulação política como fatores decisivos. “Acreditar no poder da palavra e do argumento nos permitiu terminar o ano em uma situação amplamente favorável”, disse.

Transparência e prestação de contas

O presidente reforçou a necessidade de ampliar a transparência e a comunicação com a sociedade. Para 2026, segundo Lula, o governo pretende intensificar a prestação de contas, garantindo que a população tenha acesso claro aos resultados das políticas públicas.

Indústria, inovação e sustentabilidade

Durante a reunião, o vice-presidente Geraldo Alckmin apresentou os avanços da Nova Indústria Brasil (NIB), política voltada à reindustrialização do país. No eixo da inovação, foram destinados R$ 108 bilhões para estimular o desenvolvimento tecnológico, com apoio de instituições como Finep, Embrapii e BNDES.

Alckmin destacou ainda o programa Mover, voltado à indústria verde e sustentável, que prevê incentivos à eficiência energética, segurança automotiva e inovação, além de R$ 140 bilhões em investimentos privados no setor automotivo. O vice-presidente citou a retomada de fábricas e a instalação de novas montadoras no país.

No campo dos biocombustíveis, Alckmin ressaltou a ampliação do uso do biodiesel, o fortalecimento do etanol e o avanço do combustível sustentável de aviação (SAF), colocando o Brasil como protagonista na transição energética.

Ao encerrar, o vice-presidente destacou o trabalho integrado do governo. “É o ano da colheita. Estamos colhendo resultados e plantando mais, com uma estratégia que une desenvolvimento econômico, inclusão social e entusiasmo”, concluiu.