Operação Renorcrim mostra força da integração e impõe prejuízo milionário ao crime

A integração das forças de segurança e o apoio direto do Governo Federal seguem mostrando resultados concretos no combate ao crime organizado. A terceira edição da Operação Renorcrim consolidou esse avanço ao provocar um prejuízo estimado de R$ 355 milhões às estruturas financeiras e operacionais de organizações criminosas em todo o país.

Foto: MJSP

Operação Renorcrim consolidou o avanço no enfrentamento às organizações criminosas no Brasil.

Realizada entre 24 de novembro e 5 de dezembro, a operação mobilizou, de forma simultânea e coordenada, as Polícias Civis das 27 Unidades da Federação, sob a liderança da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A ação faz parte da estratégia nacional de repressão qualificada, com foco na descapitalização do crime, no enfraquecimento de suas cadeias logísticas e na interrupção de atividades de alto impacto.

O trabalho conjunto resultou em 603 prisões, além da apreensão de 202 armas de fogo, incluindo oito fuzis, e 14.139 munições. As forças de segurança também retiraram de circulação cerca de cinco toneladas de drogas, reduzindo significativamente o abastecimento do mercado ilegal e a capacidade de atuação das facções criminosas.

No eixo patrimonial, os resultados foram ainda mais expressivos. A operação contabilizou a apreensão de 387 veículos e 21.041 bens diversos, avaliados em mais de R$ 79 milhões. Além disso, houve pedido judicial para o bloqueio de R$ 838 milhões em ativos financeiros, com R$ 196 milhões já efetivamente bloqueados, atingindo diretamente o coração financeiro das organizações criminosas.

Para o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, a Renorcrim comprova a maturidade do modelo de atuação integrada. “A Operação Renorcrim é um exemplo claro da força da integração entre a Senasp e as Polícias Civis de todas as Unidades da Federação. Essas operações conjuntas evidenciam nossa capacidade de enfrentar o crime organizado, especialmente no que se refere à descapitalização dos grupos criminosos”, destacou.

O diretor da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Senasp, Rodney da Silva, reforçou que os resultados são fruto de investimento contínuo em planejamento, inteligência e cooperação federativa. Segundo ele, a atuação simultânea em todo o país reduz a capacidade de reação das organizações criminosas e amplia o impacto das ações. “Esse trabalho conjunto não apenas prende lideranças, mas retira os recursos que sustentam a atividade criminosa”, afirmou.

Alinhada às diretrizes do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), a Operação Renorcrim reafirma que integração, inteligência e apoio federal são pilares fundamentais para fortalecer as forças de segurança e proteger a sociedade. A expectativa da Senasp é que novas edições ampliem ainda mais a capacidade do Estado brasileiro de prevenir e reprimir crimes de alta complexidade em todo o território nacional.