Quando o Natal vira censura: Zezé tenta mandar, SBT responde com democracia
Daniela Abravanel defende legado plural de Silvio Santos e lembra que TV não é palco de birraA presidente do SBT, Daniela Abravanel Beyruti, divulgou nesta última segunda-feira (15) uma carta aberta que soa como aula de civilidade — especialmente útil para quem confunde opinião pessoal com ordem de bastidor. Sem citar nomes, o texto ganha relevo após críticas públicas e pouco elegantes feitas por Zezé de Camargo, que decidiu atacar as filhas de Silvio Santos e sugerir o que o SBT deve ou não exibir, como se fosse dono do controle remoto — ou da emissora.
Enquanto o cantor optou pelo tom da intolerância e do dedo em riste, Daniela respondeu com aquilo que sempre definiu o SBT: diálogo, pluralismo e respeito ao público. Valores herdados diretamente de Silvio Santos, um democrata convicto que jamais confundiu divergência com veto, nem usou fama para tentar impor vontades.
Na carta, Daniela lembra que o jornalismo do SBT é reconhecido há cinco anos como o mais confiável do país, segundo o Instituto Reuters, justamente por seguir princípios claros deixados por seu pai. Princípios que não combinam com censura seletiva, chiliques públicos ou tentativas de constrangimento disfarçadas de crítica.
O lançamento do SBT News, realizado no dia 12, reuniu representantes dos Três Poderes e simbolizou exatamente o oposto do que alguns tentaram pintar: pluralidade, institucionalidade e respeito à democracia. Algo que Silvio sempre defendeu — inclusive dando espaço a quem pensava diferente, desde que soubesse se comportar.
Daniela lamenta os julgamentos apressados feitos antes mesmo de o público conhecer o projeto e faz um convite simples, mas poderoso: assistir, avaliar e tirar conclusões por conta própria. Uma postura madura, adulta e democrática — bem diferente da tentativa de interditar um especial de Natal alheio como se a televisão brasileira tivesse dono.
No SBT, a herança de Silvio Santos segue viva: ninguém é obrigado a concordar, mas todos são convidados a respeitar. E isso, ao que tudo indica, ainda incomoda quem prefere o silêncio imposto ao diálogo aberto.
Fonte: Revista40graus, SBT e colaboradores
