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Chapolin do tráfico: quando o bordão vira boletim de ocorrência

Operação em Parnaíba desmonta “equipe criminosa” que incluía família, ex-esposa e até fachada de comércio
Redação

A Polícia Civil amanheceu no bairro João XXIII, em Parnaíba, lembrando ao mundo que, diferente do herói mexicano, este “Chapolin” aqui não salva ninguém — muito menos ele próprio. Mesmo já tendo sido preso três vezes pela Divisão de Tráfico, o suspeito aparentemente acreditou que liderar um esquema de drogas era uma espécie de franquia vitalícia.

Foto: SSP-PIOperação Suspeitei desde o Princípio em Parnaíba
Operação Suspeitei desde o Princípio em Parnaíba

As investigações, iniciadas em 2023, revelaram que o grupo funcionava como uma célula organizada do tráfico, com direito a participação familiar completa: dois filhos já presos e, agora, a ex-esposa também detida, acusada de papel ativo na movimentação do negócio ilícito. Família unida jamais será vencida — exceto quando a polícia chega com mandado.

A operação contou com 26 ordens judiciais: seis prisões preventivas, 18 buscas e apreensões, um mandado de internação para um adolescente e até o sequestro de um imóvel que servia de fachada para o comércio. Um detalhe irônico: depois da separação, o ex-casal brigava pelo controle do ponto de tráfico, disputa que virou caso tão sério que a própria facção Comando Vermelho precisou arbitrar. É o tipo de mediação familiar que não se aprende no fórum — infelizmente.

O imóvel usado como fachada agora deve ser requisitado para uso provisório do Estado, numa guinada digna de novela: de ponto de drogas a patrimônio público.

Batizada de “Suspeitei desde o Princípio”, a operação faz referência ao bordão do verdadeiro Chapolin Colorado, mas aqui sem humor: as evidências mostram a liderança clara do investigado no esquema criminoso.

Coordenada pelas divisões de tráfico de Parnaíba, com apoio do DRACO, PM, BEPI e diversas delegacias, a ofensiva consolida meses de investigação e reforça que, na vida real, quem costuma aparecer para “defender” o povo não é o Chapolin — é a polícia.

Fonte: Revista40graus, SSP-PI e colaboradores

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