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Empresários e ex-vereador são investigados por lavagem de dinheiro

Operação Carbono Oculto 86 apura infiltração do PCC no setor de combustíveis
Redação

A Polícia Civil do Piauí cumpriu, na tarde de terça-feira (4), dez mandados de busca e apreensão em Teresina e em outros municípios do Estado, durante a Operação Carbono Oculto 86, que investiga a infiltração da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.

Victor Linhares
Victor Linhares

Entre os alvos estão empresários piauienses, suas esposas e o ex-vereador de Teresina Victor Linhares (PP), ex-secretário de Sílvio Mendes que saiu de uma pasta para dar lugar ao deputado licenciado Júlio Arcoverde e ex-assessor de Ciro Nogueira, que teve endereços ligados a ele incluídos nas buscas.

Foto: SSP-PIOperação Carbono Oculto no Piauí
Operação Carbono Oculto no Piauí

O Revista40graus busca contato com o ex-parlamentar para esclarecimentos sobre a investigação. O espaço segue aberto para manifestações e posicionamentos via 86-99850-1234.

De acordo com as investigações, os empresários seriam sócios de duas redes de postos de combustíveis e estariam ligados a movimentações financeiras suspeitas, relacionadas a um esquema nacional de lavagem de dinheiro, fraude e ocultação de patrimônio.
Durante as diligências, a polícia apreendeu quatro veículos e diversos documentos, que foram encaminhados à sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI), onde passam por análise do Laboratório de Lavagem de Dinheiro.

Interdição de 49 postos no Piauí e em outros estados

A operação teve continuidade na manhã desta quarta-feira (5) com a interdição de 49 postos de combustíveis em 11 municípios piauienses, entre eles Teresina, Lagoa do Piauí, Demerval Lobão, Miguel Leão, Altos, Picos, Canto do Buriti, Dom Inocêncio, Uruçuí, Parnaíba e São João da Fronteira.

As medidas cautelares também atingiram estabelecimentos nas cidades de Peritoró, Caxias, Alto Alegre e São Raimundo das Mangabeiras (MA), além de São Miguel do Tocantins (TO).

O Instituto de Metrologia do Piauí (IMEPI) participou da operação de forma assessória já que a operação é policial e judicial.

R$ 52 bilhões movimentados em quatro anos

As diligências no Piauí são um desdobramento de uma operação nacional deflagrada em agosto de 2025, que envolveu forças policiais em oito estados.
O cruzamento de informações revelou que o grupo criminoso movimentou mais de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, utilizando empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para disfarçar a origem ilícita dos recursos.

Ação coordenada pela SSP-PI 

As ações no Piauí foram antecipadas após setores de inteligência detectarem movimentações suspeitas. Todo o material recolhido foi registrado sob a coordenação do delegado Francírio Queiroz, responsável pela parte cartorária da operação.

A Operação Carbono Oculto 86 é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) e conta com o apoio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de laboratórios de inteligência financeira.

Até o momento, não houve prisões, mas os investigadores afirmam que os indícios de ligação entre empresários locais e o esquema nacional são fortes.

Fonte: Revista40graus, colaboradores e SSP-PI

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