Mulher é presa por assassinar irmão e cunhado em Minas Gerais para ficar com herança e seguro de R$ 380 mil

Uma mulher foi presa pelo assassinato do próprio irmão e do cunhado em Governador Valadares, no interior de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, ela contou com a ajuda de um amigo para cometer o crime, motivado por um seguro de vida de R$ 380 mil e por um patrimônio estimado em mais de R$ 1 milhão.

As vítimas foram identificadas como Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e Thomas Stephen Lydon, de 65. Eles se conheceram nos Estados Unidos, onde viveram por décadas, e, após a aposentadoria, decidiram recomeçar a vida juntos na cidade natal de Everaldo, em Minas Gerais.

Foto: Reprodução

Polícia Civil de Minas Gerais

Os crimes ocorreram em junho deste ano. Thomas morreu no dia 20, e Everaldo, seis dias depois. Inicialmente, as mortes foram registradas como naturais — uma atribuída a câncer de pele e outra a coma alcoólico.

A suspeita dos familiares surgiu quando perceberam que não haviam sido informados sobre a internação nem o enterro das vítimas. Diante das inconsistências, eles procuraram a polícia, que solicitou a exumação dos corpos.

Os exames laboratoriais identificaram a presença de fenobarbital, um sedativo de efeito intenso, no organismo das vítimas. Em doses elevadas, a substância pode causar depressão respiratória e parada cardíaca.

As investigações revelaram que a irmã de Everaldo havia sido colocada como beneficiária vitalícia no seguro de vida apenas um mês antes do crime. Já o amigo do casal, também envolvido no assassinato, possuía procuração para representá-lo legalmente. Ambos foram presos.

Segundo a polícia, os dois se apresentavam como cuidadores e tinham livre acesso à casa das vítimas, o que facilitou a administração do veneno. A motivação do crime, segundo as investigações, foi exclusivamente financeira.