Suspeito de sequestro de adolescente segue foragido; veja quem já foi preso
Sete pessoas já foram identificadas como suspeitas de participação e execução do sequestroSete pessoas já foram identificadas como suspeitas de participação e execução do sequestro do adolescente Jorge Gabriel, na última quinta-feira (26) na cidade de Monsenhor Gil, no Piauí. O grupo pedia ao pai do garoto, empresário, a quantia de R$ 250 mil em troca do adolescente que passou 18h nas mãos dos criminosos.

Segundo o delegado Agenor Ferreira, do Draco, as buscas pelo mentor intelectual do crime, Ítalo da Silva Araujo, continuam com as equipes em diligências com objetivo de efetuar a captura. Ítalo está a sete dias foragido.
"Estamos em fase de conclusão por conta dos investigados estarem presos. Temos esse prazo mais curto para dar conclusão, só que isso não impede de dar andamento as diligências e também captura de outros envolvidos. Com relação a um dos suspeitos nossas equipes estão em diligência com objetivo de efetuar mesmo a prisão dele", explica o delegado.
Ao todo, três pessoas foram presas, uma menor foi apreendida, dois foram mortos em confronto e um está foragido. Todos tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva.
Jorge Gabriel foi resgatado na tarde de sexta-feira (27) em uma região de mata entre os municípios de Nazária e Demerval Lobão. No momento do resgate do adolescente, cinco pessoas foram encaminhadas a delegacia. Um deles foi solto, mas outras quatro pessoas foram autuadas.
Elas foram identificadas como:
Maria Amanda Ferreira da Silva;
Andreia da Conceição Ferreira;
Francisco Orlando Almeida Sousa e, uma;
Adolescente de 16 anos.
A polícia agora se prepara para concluir o inquérito sobre o caso. Segundo o delegado Agenor Ferreira não é descartado o indiciamento de outras pessoas.
"Atualmente os que foram presos em flagrante e tiveram a prisão devidamente convertida em prisão preventiva já declinaram as suas funções e envolvimento com a prática criminosa investigada e tanto eles como outros suspeitos podem vir a responder pela prática criminosa e consequentemente pelo indiciamento", afirma o delegado.
Maria Amanda Ferreira da Silva é namorada de Ítalo da Silva Araújo, suspeito de ser o mentor do crime e que ainda está foragido. Ao lado do companheiro, Maria é investigada por crimes de roubo qualificado e extorsão. A jovem de 28 anos e morava em Teresina.
O casal Andreia da Conceição, 30 anos, e Francisco Orlando, de 35 anos, residiam em Nazária, região próxima onde o adolescente foi encontrado. Os dois não possuíam ficha criminal. A adolescente de 16 anos seria companheira de Mateus da Cunha Sousa, de 26 anos, morto em confronto com a polícia.
“Até então as informações que temos é a do Ítalo e do Mateus. A companheira do Ítalo, a Amanda, ela auxiliava o companheiro nas ações criminosas, inclusive no sequestro ela participou diretamente, e também nessas ações de extorsão e crimes de estelionato”, explica o delegado Charles Pessoa.
O grupo pode responder, caso seja indiciado nesses termos, por extorsão mediante sequestro por mais de 24 horas, envolvendo vítima menor de 18 anos, praticada por bando ou quadrilha e associação criminosa.
Mentor do crime segue foragido

A Polícia Civil do Piauí já identificou Ítalo da Silva Araújo como mentor intelectual do crime. Ele está foragido e a polícia tem intensificado as buscas. O delegado Anchieta Nery, diretor de Inteligência da SSP-PI, detalhou que Ítalo já era investigado pelo chamado "golpe da facção", roubos, homicídio, estelionato e agora sequestro.
"Já foi preso condenado por homicídio. É um criminoso violento. Ele inicia numa trilha que vai de baixo para cima, enquanto não enfrentar uma nova condenação. Ano passado, fez o chamado golpe da facção, um crime de estelionato, porque ele não sabe onde está ninguém, mas manda mensagens pedindo dinheiro, dizendo que está com parentes das vítimas. Ele foi indiciado pelo Draco e solto com tornozeleira. Depois, rompeu o monitoramento. Em seguida, ele escala do golpe para a extorsão, procura comerciantes e tenta extorquir. Foi pra São Paulo e quando desembarcou em um ônibus clandestino já praticou um roubo com restrição de liberdade. Como a gente já tinha todo esse levantamento, esse mapeamento e todas as informações, conseguimos salvar a vida do garoto", detalhou Nery.
Dois foram mortos em confronto com a polícia.
Uma troca de tiros em uma região de mata resultou na morte de Matheus e Bahia, dois suspeitos de participação no crime. Mateus da Cunha Sousa, de 26 anos, assim como os outros envolvidos, já possuía uma extensa ficha criminal. Ele havia sido condenado por roubo majorado e respondia por latrocínio.
O outro morto em confronto foi identificado até o momento apenas como Bahia. A polícia ainda trabalha para ter sua identificação e consequentemente se possui histórico criminal.
Fonte: Revista40graus e colaboradores