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Ciro tenta “desmorar” o Paraná e salvar a federação do naufrágio

Senador corre para tirar Moro da disputa e entregar o palanque a Ratinho Júnior
Redação

O presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, chegou ao Paraná com uma missão que faria um equilibrista suar: convencer Sergio Moro a abandonar o sonho de governar o estado e entregar o comando da aliança União Brasil–PP ao grupo de Ratinho Júnior. Oficialmente, Ciro está apenas “conversando com pré-candidatos”. Nos bastidores, o objetivo é claro: fechar com o governador e evitar que a federação imploda antes de 2026.

Foto: Reprodução | Pedro França/Agência Senado / EstadãoCiro Nogueira, senador
Ciro Nogueira, senador

A pré-candidatura de Moro, lançada com a discrição de um comício em estádio, virou motivo de crise interna. Lideranças da centro-direita paranaense se dividiram, e a debandada começou: cerca de 60 prefeitos já pularam fora da federação, além de dois deputados federais — tudo por alergia política ao ex-juiz. Para muitos, apoiar Moro virou uma espécie de teste de resistência.

Foto: ReproduçãoRatinho Junior
Ratinho Junior

O plano costurado inclui a construção do palanque para Guto Silva, atual secretário de Cidades e herdeiro escolhido por Ratinho Júnior. O pacote viria com um presente para o PP: a indicação do vice. Nada mau para quem tenta apagar o incêndio com as próprias mãos.

Enquanto pesquisas mostram Moro na frente, a realidade política segue lembrando que números não necessariamente entregam alianças. Ratinho Júnior não está disposto a dividir sua sucessão com um adversário de longa data, e a tentativa do senador de buscar abrigo no Republicanos naufragou antes de deixar o porto — o partido está firme com o Palácio Iguaçu.

Foto: ReproduçãoSérgio Moro
Sérgio Moro

A leitura interna é a de que insistir na candidatura de Moro seria como abrir mais buracos no casco: o risco é afundar a federação e ainda comprometer as chapas proporcionais em 2026. Assim, a ordem agora é “estancar a sangria” e voltar a ser amigo do governador.

Já o grupo de Moro trata tudo como especulação. Dizem que ninguém avisou nada oficialmente — talvez porque ninguém encontrou tempo para uma conversa que o senador gostaria de esquecer. Enquanto isso, os bastidores seguem fervendo… e a missão de Ciro continua: fazer política com luvas de boxe e sorriso no rosto.

Fonte: Revista40graus, O Globo, mídias, redes sociais e colaboradores

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