Gleisi defende Janja após norma da AGU sobre atuação de cônjuges presidenciais
Ministra afirma que primeira-dama atua dentro da legalidade e acusa extrema-direita de perseguiçãoA ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, saiu em defesa da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, após a Advocacia-Geral da União (AGU) publicar uma orientação normativa que estabelece diretrizes para a atuação de cônjuges de presidentes da República em compromissos oficiais.
A norma, elaborada por determinação da Casa Civil, surge em meio a críticas sobre a participação de Janja em viagens e eventos ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento reforça a necessidade de prestação de contas relativas a deslocamentos e uso de recursos públicos, além de recomendar a divulgação de agendas e despesas no Portal da Transparência.
Pelas redes sociais, Gleisi defendeu a atuação da primeira-dama. “A primeira-dama Janja sempre atuou dentro desses parâmetros, dentro da lei, e tem feito trabalhos importantes dentro e fora do país”, escreveu a ministra na rede X (antigo Twitter). Ela também acusou setores conservadores de perseguição: “É por isso mesmo que ela incomoda tanto os machistas e é perseguida pela extrema-direita, com ações sem motivo”.

Gleisi citou como exemplo os pedidos de auditoria feitos por deputados da oposição ao Tribunal de Contas da União (TCU), que questionam os gastos das viagens realizadas por Janja. A ministra finalizou a publicação com uma mensagem de apoio: “Siga firme, companheira Janja. As mentiras não vão impedir seu trabalho”.
A primeira-dama esteve recentemente ao lado do presidente Lula em viagem oficial ao Japão e, em seguida, participou de uma cúpula contra a fome na França. As críticas se intensificaram após a divulgação de que as passagens para o Japão geraram altos custos aos cofres públicos. Diante das cobranças por mais transparência, Janja passou a divulgar sua agenda oficial por meio de sua conta no Instagram, afirmando que “nunca houve falta de transparência” e que economizou em passagem e hospedagem na viagem ao Japão.
A nova orientação da AGU estabelece um marco normativo para a atuação de primeiros-cônjuges, orientando governos atuais e futuros sobre os limites, deveres e exigências de transparência no exercício de funções públicas não eletivas, mas que envolvem recursos e compromissos institucionais.