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PF indicia vereadora Tatiana Medeiros por seis crimes e mantém prisão

Tatiana está presa há 13 dias, suspeita de integrar uma facção criminosa e corrupção eleitoral
Redação

A Polícia Federal do Piauí indiciou a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) por envolvimento em diversos crimes, incluindo compra de votos, lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica, apropriação indébita e peculato-desvio — prática conhecida como "rachadinha".

Tatiana está presa há 13 dias, suspeita de integrar uma facção criminosa e participar de um esquema de corrupção eleitoral. O inquérito é conduzido pelo delegado da PF, Daniel Alves, que também indiciou o namorado da vereadora, Alandilson Cardoso Passos, detido em Minas Gerais, e seu padrasto, Stênio Ferreira Santos.

Acusações contra os investigados:

Tatiana Medeiros:

  • Organização criminosa
  • Corrupção eleitoral
  • Falsidade ideológica eleitoral
  • Lavagem de dinheiro
  • Apropriação indébita
  • Peculato-desvio (rachadinha)

Alandilson Cardoso Passos:

  • Organização criminosa
  • Corrupção eleitoral
  • Lavagem de dinheiro
  • Usura
  • Violação do sigilo do voto

Stênio Ferreira Santos:

  • Organização criminosa
  • Corrupção eleitoral
  • Lavagem de dinheiro
  • Usura
  • Apropriação indébita
  • Peculato-desvio
  • Violação do sigilo do voto

As investigações apontam que Stênio, padrasto de Tatiana, atuava como operador financeiro da campanha, repassando valores para compra de votos por meio do Instituto Vamos Juntos — fundado pela vereadora. Durante a operação de busca e apreensão no instituto, a PF localizou documentos com listas de eleitores e um arquivo intitulado “Relatório Votos Válidos”, com registros de transferências via pix para lideranças comunitárias e eleitores. A Justiça determinou a suspensão das atividades da entidade.

A Polícia Federal também destaca a forte conexão entre Stênio, Alandilson e Maria Odélia Medeiros, mãe da vereadora, como indício de um esquema familiar voltado ao financiamento ilícito da campanha de Tatiana.

Segundo os autos, o valor pago por voto seria de R$ 100, com repasses feitos via pix. Em um dos áudios interceptados, Alandilson afirma ter investido R$ 1 milhão na campanha e sugere que a facção criminosa teria representação na Câmara Municipal de Teresina.

Na última segunda-feira (14), o Tribunal Regional Eleitoral decidiu manter a prisão preventiva da parlamentar.

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