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AMA-PI acolhe famílias, mas 600 crianças com autismo ainda aguardam atendimento

Instituição reforça a importância do apoio para ampliar serviços e garantir cuidado contínuo

Cerca de 600 crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aguardam na fila por uma vaga de atendimento na Associação de Amigos dos Autistas do Piauí (AMA-PI), instituição que há 25 anos atua como referência no acolhimento, tratamento e inclusão de pessoas autistas em todo o estado.

Foto: ReproduçãoSílvia e filhos autistas
Sílvia e filhos autistas

O diagnóstico de TEA, que não tem cura, exige acompanhamento contínuo e especializado ao longo da vida, o que impacta diretamente a rotina e a saúde mental de pais, mães e cuidadores. “Eu entrei em desespero, eu não sabia mais o que fazer”, relembra Sílvia Pereira, mãe de dois filhos autistas atendidos pela instituição. Ela descreve sentimentos de exaustão e impotência vividos antes de encontrar apoio na AMA-PI — realidade comum a muitas famílias atípicas.

Atualmente, cerca de 200 pessoas recebem atendimento contínuo na instituição. Esse número não pode ser reduzido ou substituído, justamente porque o tratamento não pode ser interrompido. Como consequência, a demanda cresce e forma uma fila de espera que hoje alcança aproximadamente 600 crianças.

Atendida há menos de quatro meses, Sílvia já percebe avanços significativos, especialmente no filho mais velho. “Quando a gente entrou, ele não conseguia olhar olho no olho. Hoje ele já senta, conversa comigo, me mostra onde está doendo, me abraça, me beija. Ele era muito resistente ao toque e agora está mais próximo de mim”, relata.

Esses progressos refletem diretamente na qualidade de vida da família e no bem-estar emocional da mãe. “Aqui eu consegui uma rede de apoio. Eles não cuidaram só dos meus filhos, cuidaram de mim também”, afirma.

A AMA-PI oferece atendimento terapêutico, orientação às famílias e ações de inclusão social para crianças, adolescentes, jovens e adultos. No entanto, a instituição enfrenta desafios estruturais e financeiros. Segundo a presidente da AMA, Soraia Martins, o prédio precisa de reparos elétricos e hidráulicos, além da ampliação da equipe com profissionais de apoio, como merendeiras, vigilantes, porteiros e motoristas.

Foto: ReproduçãoMétodo ABA (Análise do Comportamento Aplicada)
Método ABA (Análise do Comportamento Aplicada)

A coordenadora do método ABA (Análise do Comportamento Aplicada), Thaís Linhares, explica que o acompanhamento é baseado em evidências científicas e realizado de forma individualizada. “Como o autismo não tem cura, o acompanhamento é contínuo. Trabalhamos para reduzir prejuízos e ampliar habilidades, respeitando o ritmo e os limites de cada criança”, destaca. Mesmo em espaços pequenos e com estrutura limitada, os resultados alcançados são significativos e acompanhados por avaliações e relatórios periódicos.

Diante desse cenário, as doações financeiras são fundamentais para manter os atendimentos em andamento e possibilitar a ampliação dos serviços. Cada contribuição representa cuidado, dignidade e esperança para centenas de famílias que ainda aguardam a oportunidade de iniciar o acompanhamento.

Com esse objetivo, o Revista40graus apoia a AMA-PI como entidade dentre outras a ser ajudada, convidando a sociedade a conhecer o trabalho da instituição e colaborar para que mais crianças neurodivergentes e suas famílias tenham acesso a atendimento especializado e melhor qualidade de vida. Segue abaixo como doar:

Como doar para AMA

Fonte: Revista40graus, AMA e colaboradores

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