Mil vagas na PM: os céticos pedem “prova”, o governo entrega decreto
Fonteles anuncia maior concurso da história e deixa o “eu duvido” sem argumentoOs céticos respiraram fundo, ajustaram os óculos do “isso nunca sai” e… perderam mais uma. O governador Rafael Fonteles anunciou nesta segunda-feira (15) que o concurso da Polícia Militar do Piauí, com pelo menos mil vagas, será autorizado ainda neste mês. Sim, com decreto. No papel. Oficial. Daqueles que costumam desmontar teorias de botequim e timelines incrédulas.
O anúncio foi feito durante a inauguração da nova sede da Delegacia-Geral da Polícia Civil, em Teresina — cenário pouco favorável para promessas vazias. Segundo o governador, o edital deve sair nos primeiros meses de 2026, cravando aquele momento clássico em que o “duvido” vira “onde me inscrevo?”.
E não para por aí. Além das mil vagas, o governo também vai chamar candidatos do cadastro de reserva do concurso anterior. Resultado: o que já era grande virou histórico. “Será a maior contratação da história das forças de segurança do Piauí”, destacou Fonteles, em frase que provavelmente causou azia em quem apostava na inércia.
O governador ainda fez questão de cutucar outro dogma cético: o de que investir não resolve. Segundo ele, investir resolve, sim — desde que seja com inteligência, integração e foco no que dá resultado. E os números, segundo Fonteles, têm sido indelicados com os pessimistas: operações bem-sucedidas, prisões e queda nos índices de criminalidade. Quando o risco aumenta para quem comete crime, o crime diminui. Matemática simples, mas sempre contestada por quem prefere o achismo.
O contexto ajuda a entender o tamanho do anúncio. Nos últimos anos, mais de 4 mil promoções foram concedidas na PM, mais de 2 mil novos policiais militares já foram nomeados e, só em 2025, mais de 600 reforçaram o efetivo em todo o estado. Para quem dizia que “segurança não é prioridade”, o orçamento de 2026 praticamente dobrado em relação a 2022 parece uma resposta suficientemente barulhenta.
A meta final é ambiciosa — e novamente indigesta para os incrédulos: até o fim de 2026, o governo pretende nomear 4 mil novos agentes de segurança pública, somando PM, Polícia Civil, Polícia Penal e Corpo de Bombeiros.
No fim das contas, enquanto os céticos seguem revisando seus argumentos, o governo segue assinando decretos. E, nesse embate, papel timbrado costuma ganhar de ironia vazia.
Fonte: Revista40graus, SSP-PI, Comunicação e colaboradores
