Orçamento 2026 de Teresina prevê R$ 3 bilhões para saúde e retomada de obras

A Câmara Municipal de Teresina realizou, na manhã desta terça-feira (11), audiência pública para apresentação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. A proposta, apresentada pelo secretário-executivo de Planejamento Estratégico e Gestão da Semplan, Daniel Pereira, prevê receita total de R$ 6,05 bilhões, com prioridade para investimentos em infraestrutura, saúde e educação.

Foto: PMT

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Infraestrutura e obras prioritárias

O orçamento destina cerca de R$ 400 milhões a obras de mobilidade, drenagem e urbanização, incluindo a construção e recuperação de pontes e galerias.
Entre as principais intervenções estão:

• Galeria Torquato Neto – R$ 36 milhões
• Galeria São Pedro – R$ 35 milhões
• Nova Ponte da UFPI – R$ 25 milhões
• Avenida Marginal Sul – R$ 45 milhões
• Urbanização da Lagoa dos Oleiros – R$ 9 milhões
• Também estão previstas melhorias em áreas como Vila da Paz e Mercado São José.
• Mais de 55% para saúde e educação

A proposta mantém as áreas social e de serviços essenciais como prioridade, destinando mais de 55% dos recursos municipais para saúde e educação.
A rede de saúde municipal deve receber R$ 2,07 bilhões, enquanto a educação contará com R$ 1,26 bilhão.

Os investimentos incluem a construção de novas UBS, policlínicas, CAPS, creches e escolas.
Durante o debate, Daniel Pereira destacou a importância da responsabilidade fiscal nas operações de crédito.

“Operações de crédito têm um fim social, porque o pagamento delas é árduo, tem juros. É preciso garantir que esses recursos tenham destino claro e eficiente, evitando desperdícios”, afirmou o secretário.

Debate político e participação popular

O líder do governo na Câmara, vereador Bruno Vilarinho, afirmou que a proposta deve tramitar sem dificuldades.

“O orçamento será amplamente debatido, com diálogo entre prefeitura e vereadores. O compromisso é aplicar bem os recursos para que Teresina colha os resultados no próximo ano”, disse.

Já o vereador Dudu (PT) defendeu uma análise mais rigorosa do texto.

“Precisamos ter uma radiografia real do que é a riqueza de Teresina e onde ela será aplicada. Há carências graves em transporte, saúde e limpeza pública que não podem ser ignoradas”, afirmou.

Emendas e orçamento participativo

O projeto mantém as emendas parlamentares impositivas, que somam R$ 87,4 milhões, além de R$ 43,7 milhões em Indicações Parlamentares Coletivas (IPC).
O texto também retoma o Orçamento Popular, destinando R$ 15 milhões a obras escolhidas diretamente pela população.