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Blog voltado a Cultura, Inovação e o Empreendedorismo onde o repórter, Eloy Figueiredo deixará o leitor antenado com o momento e as tendências.

PL em Tramitação: Deputado Propõe Porte de Arma de Fogo para Profissionais de TI e Cibersegurança

Projeto de Lei Busca Proteger Especialistas Contra Represálias de Cibercriminosos

O cenário da segurança digital no Brasil pode passar por uma mudança significativa caso seja aprovado o Projeto de Lei (PL) n. 6049/2025, apresentado na Câmara dos Deputados pelo deputado Marcos Pollon (PL-MT). A proposta visa estender o direito ao porte de arma de fogo para profissionais de Tecnologia da Informação (TI) e áreas correlatas que atuam na linha de frente do combate ao crime cibernético.

A iniciativa coloca em discussão a segurança física de especialistas cujas batalhas se travam, primariamente, no ambiente virtual.

A Justificativa: Risco de Represália e Evasão de Talentos

A principal argumentação do deputado Marcos Pollon para a criação do PL é a exposição desses profissionais a riscos de represálias violentas por parte de grupos criminosos organizados. Segundo o texto da proposta, a atuação no enfrentamento de grandes ataques cibernéticos e a interrupção de esquemas financeiros ilícitos — mesmo que ocorram em nível virtual — podem gerar reações violentas no mundo físico.

O PL aponta que a legislação atual possui uma "omissão" por não reconhecer a "dinâmica híbrida" entre o cibercrime e as ações violentas associadas. Além disso, a proposta menciona que a sensação de vulnerabilidade reportada por profissionais do setor estaria contribuindo para a evasão de talentos na área. Para apoiar o argumento, o texto cita relatos de entidades de tecnologia sobre casos em que esses especialistas foram vítimas de invasões de residência.

Foto: GoogleProjeto sugere que especialistas em segurança digital enfrentam riscos físicos e prevê porte com regras rígidas
Projeto sugere que especialistas em segurança digital enfrentam riscos físicos e prevê porte com regras rígidas

Quem Pode Ser Contemplado e as Exigências Rigoros

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A proposta de Pollon não prevê um porte de arma irrestrito. Pelo contrário, o texto estabelece que os profissionais interessados devem atender a critérios rigorosos para obter a autorização.

Entre os profissionais de TI e segurança contemplados pelo PL estão:

Analistas de segurança digital e da informação;

Analistas e engenheiros de cibersegurança;

Consultores de segurança digital;

Especialistas em resposta a incidentes cibernéticos (CSIRT);

Pentesters (testadores de invasão autorizados);

Administradores de segurança de redes.

Para a concessão do porte, são exigidos, entre outros, os seguintes requisitos:

Comprovação do exercício profissional mediante contrato de trabalho.

Avaliação psicológica, com laudo emitido por um psicólogo credenciado pela Polícia Federal (PF).

Aprovação em curso de capacidade técnica para o uso seguro da arma de fogo, também sob aprovação da PF.

Atendimento a critérios rigorosos de idoneidade.

O porte, caso concedido, seria pessoal e intransferível, e a autorização seria perdida em casos de detenção por efeito de álcool ou substâncias químicas, assim como ocorre em outras categorias.

Status Atual

O PL n. 6049/2025 segue em tramitação na Câmara dos Deputados. Para se tornar lei, a proposta ainda precisa ser aprovada na Câmara, passar por revisão e aprovação do Senado Federal e, por fim, ser sancionada pelo Presidente da República.

Foto: Governo FederalDeputado propõe porte de arma para profissionais de TI sob argumento de ameaça de grupos criminosos
Deputado propõe porte de arma para profissionais de TI sob argumento de ameaça de grupos criminosos

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