Brasil busca novos mercados para reduzir dependência das exportações aos EUA
Plano do governo prevê diversificação de destinos para produtos do agronegócio brasileiro em 2025
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciou que está em andamento um plano estratégico para ampliar e diversificar os mercados de exportação dos produtos agropecuários brasileiros. A iniciativa visa reduzir a dependência do Brasil em relação ao mercado norte-americano, que historicamente tem sido um dos principais destinos dos produtos do agronegócio nacional.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, Roberto Perosa, o ministério tem trabalhado em articulação com as embaixadas e adidos agrícolas para identificar oportunidades em regiões com potencial de crescimento, como o Sudeste Asiático, África e países do Oriente Médio.
“O Brasil não pode depender de apenas um ou dois grandes compradores. Nosso foco é diversificar para garantir mais segurança econômica ao produtor e ao setor como um todo”, afirmou Perosa durante evento realizado nesta semana.
Além da expansão de mercados, o MAPA também pretende fortalecer a presença de produtos com maior valor agregado, como carnes processadas, derivados de leite e alimentos industrializados. A meta é reduzir a concentração de exportações em produtos in natura e commodities, ampliando a competitividade brasileira no comércio global.
Atualmente, os Estados Unidos representam uma fatia significativa da balança comercial do agronegócio, especialmente em setores como soja, carnes e frutas. No entanto, as recentes oscilações políticas e comerciais acenderam o alerta sobre a necessidade de diversificação.
O plano do MAPA se insere em uma agenda mais ampla do governo federal para reposicionar o Brasil como protagonista nas cadeias produtivas internacionais, reforçando parcerias bilaterais e acordos multilaterais que promovam o comércio sustentável, com foco em inovação e rastreabilidade.
Ainda neste segundo semestre, missões comerciais devem ser realizadas na Indonésia, Emirados Árabes Unidos e países africanos, com o objetivo de abrir novos canais para os produtos brasileiros.
“Temos uma agropecuária sólida e sustentável. O mundo precisa dos nossos alimentos, e estamos prontos para ampliar nossas fronteiras comerciais”, concluiu Perosa.