Empresário Fábio Jupi é condenado pela Justiça Federal por desmatamento

Decisão determina desocupação imediata de terreno degradado em Cajueiro da Praia

A Justiça Federal determinou, no dia 12 de maio, a desocupação imediata da área conhecida como Ponta do Socó, localizada em Cajueiro da Praia, litoral do Piauí. A área vinha sendo ocupada irregularmente pelo empresário Fábio Barbosa Ribeiro, mais conhecido como Fábio Jupi, que agora foi condenado por danos ambientais em zona de preservação permanente.

Segundo o processo, o empresário realizou pelo menos 21 intervenções ilegais em uma área total de 5,2 hectares, incluindo o desmatamento de manguezais e vegetações nativas inseridas na Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba e no Monumento Natural dos Monólitos dos Picos, patrimônio ambiental da região.

Foto: Reproducao
Empresário Fábio Jupi é condenado pela Justiça Federal por desmatamento em área de proteção ambiental no litoral do Piauí

Histórico de irregularidades

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Esta não é a primeira vez que Fábio Jupi é condenado judicialmente no caso da Ponta do Socó. Desde 2022, o juiz José Gutemberg de Barros Filho acompanha o processo e já havia apontado diversas irregularidades ambientais e patrimoniais cometidas no local. Em 2023, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) chegou a suspender uma condenação anterior, mas não autorizou a continuidade das obras.

Apesar disso, segundo os autos, as intervenções prosseguiram, o que motivou nova ação por parte da Justiça Federal no Piauí. A nova sentença reafirma a ilegalidade da ocupação e exige a recomposição ambiental imediata da área degradada.

“Trata-se de uma violação grave contra ecossistemas protegidos e contra o patrimônio ambiental do litoral piauiense”, destaca trecho da decisão.

Próximos passos

A Justiça determinou ainda que órgãos ambientais acompanhem de perto a recuperação da área e que sejam aplicadas sanções cabíveis em caso de descumprimento. O caso é acompanhado por entidades socioambientais e deve servir como exemplo de combate ao avanço de ocupações ilegais em áreas de proteção federal.

O empresário não se manifestou publicamente até o momento.

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