Ex-satanista Bartolo Longo é canonizado pelo papa Leão XIV
Sete novos santos proclamados pela Igreja Católica em 2025
RedaçãoO papa Leão XIV canonizou no mês de outubro no dia 19, no Vaticano, Bartolo Longo, um ex-seguidor de culto satânico que se converteu ao catolicismo e dedicou sua vida à evangelização e à caridade. Longo está entre os sete novos santos proclamados pela Igreja Católica em 2025.
Nascido em 1841, na cidade de Latiano, Itália, Bartolo Longo teve uma juventude marcada por crises espirituais. Ao ingressar na faculdade, afastou-se da fé e acabou se envolvendo com práticas ocultistas, chegando a atuar como sacerdote em um grupo satanista. O período foi turbulento, acompanhado por problemas de ansiedade e depressão.
A reviravolta em sua vida aconteceu quando um antigo professor, Vincenzo Pepe, o incentivou a abandonar o ocultismo e retornar à Igreja. Longo renunciou às práticas esotéricas, ingressou na Ordem Terceira Dominicana e passou a difundir a oração do Rosário na região de Pompeia, onde se destacou por sua ação pastoral entre os pobres e enfermos.
Entre seus legados estão a fundação do Santuário de Nossa Senhora de Pompeia, hoje um dos maiores centros de peregrinação da Itália, e a criação de instituições para órfãos e filhos de presidiários.
Bartolo Longo morreu em 1926, aos 85 anos, deixando como últimas palavras um tributo à Virgem Maria, a quem devotou profunda fé. Beatificado em 1980 pelo papa João Paulo II, que o chamou de “Apóstolo do Rosário”, Bartolo teve sua canonização aprovada em 2025, após parecer favorável do Dicastério para as Causas dos Santos.
Durante a cerimônia, o papa Leão XIV exaltou a trajetória de conversão de Longo como símbolo de redenção e esperança.
“A história de Bartolo Longo mostra que nenhuma vida está perdida quando há arrependimento e amor verdadeiro a Deus”, afirmou o pontífice.
Com a canonização, São Bartolo Longo entra oficialmente no calendário litúrgico da Igreja, sendo reconhecido como padroeiro dos convertidos e promotor do Rosário.