Governo Trump divulga arquivos do FBI sobre vigilância a Martin Luther King

Mais de 240 mil páginas foram liberadas após 54 anos de sigilo
Redação
Foto: Reprodução | Stephen F. Somerstein/Getty Images
Martin Luther King, ativista político

O governo dos Estados Unidos divulgou, nesta segunda-feira (21), documentos sobre a vigilância promovida pelo FBI a Martin Luther King., contrariando pedidos da família do líder e do grupo de direitos civis que ele liderou até seu assassinato, em 1968.

A divulgação contém mais de 240 mil páginas que estavam sob sigilo judicial desde 1970. Naquele ano, o FBI reuniu os arquivos e entregou à Administração Nacional de Arquivos e Registros dos EUA.

Os dois filhos vivos de King - Martin Luther King III e Bernice King - tiveram acesso prévio aos documentos. Por meio de um comunicado divulgado nesta segunda, Martin e Bernice afirmaram que o caso do pai virou uma “curiosidade pública cativante por décadas”, mas solicitaram uma análise cuidadosa dos arquivos.

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“Como filhos do Dr. King e de Coretta Scott King, essa perda foi um luto profundo e pessoal — uma ausência que a nossa família carrega há mais de 57 anos”, escreveram.“Pedimos que quem acessar esses arquivos o faça com empatia, cautela e respeito pela nossa dor.

O ato de divulgar a documentação se insere em uma promessa feita por Donald Trump durante as eleições. Em sua campanha, o presidente norte-americano prometeu liberar os arquivos sobre o assassinato de John F. Kennedy, ocorrido em 1963. Já eleito, Trump assinou um decreto que determinava a liberação de outros arquivos relacionados aos assassinatos de Robert F. Kennedy e de King, ambos ocorridos em 1968.

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