Funcionários dos Correios iniciam paralisação parcial em nove estados
Greve ocorre em meio a discussões sobre o Acordo Coletivo de Trabalho com os sindicatos
RedaçãoFuncionários dos Correios iniciam paralisação parcial em nove estados
Funcionários dos Correios decidiram entrar em paralisação na noite desta quarta-feira (17). A greve parcial ocorre em meio a um contexto de diálogos sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com os sindicatos da categoria.
Em comunicação aos funcionários, os Correios afirmam que a paralisação acontece de forma localizada e atinge 12 sindicatos em 9 estados. São eles:
- Ceará
- Mato Grosso
- Minas Gerais
- Paraíba
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Sul
- Santa Catarina
- São Paulo
De acordo com Emerson Marinho, secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a greve é resultado da postura da administração da empresa que, segundo ele, desconsidera os trabalhadores diante da definição de medidas para enfrentar o período de crise na estatal.
“Esse movimento tem estressado os trabalhadores e, embora o indicativo da categoria fosse de paralisação no dia 23, algumas entidades optaram por iniciar a greve imediatamente para sinalizar ao governo o descontentamento”, diz.
Os sindicatos exigem renovação do acordo coletivo e reajuste salarial no próximo ano, além de determinarem que o governo federal faça um aporte emergencial aos Correios.
Leia a nota dos Correios na íntegra:
“Todas as agências estão abertas e as entregas seguem sendo realizadas em todo o território nacional. Atualmente, cerca de 91% do efetivo da empresa está em atividade. Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores da estatal, 24 não aderiram ao movimento de paralisação.
A adesão registrada é parcial e localizada, com concentrações em estados como Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para mitigar eventuais impactos operacionais, a empresa adotou medidas contingenciais que garantem a continuidade dos serviços essenciais à população.
Os Correios reafirmam seu compromisso com o diálogo responsável, a sustentabilidade da empresa e a preservação dos empregos. A estatal permanece empenhada na construção de um consenso com as representações dos trabalhadores, sob a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST)."