Justiça limpa a casa
Ramagem foge, Torres é preso, e a PF enfim se livra de quem jurava defendê-la
RedaçãoO Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu fazer a faxina que muitos fingiam não ver. A portaria do ministro Ricardo Lewandowski determinou a destituição de Alexandre Ramagem do cargo de delegado da Polícia Federal. Para completar o serviço, Anderson Torres também foi removido do quadro da PF e do próprio MJSP — afinal, servidor condenado por atacar o Estado não combina com segurança pública.
Ramagem, ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro e eleito deputado em 2022, acumulou 16 anos de prisão e a perda do cargo. Como cereja do bolo, virou foragido internacional, preferindo passear nos Estados Unidos a encarar a justiça brasileira.
Já Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, recebeu 24 anos de condenação e está preso no complexo da Papudinha, em Brasília, depois que o STF determinou o cumprimento da pena por tentativa de golpe de Estado. Ironia do destino: o ex-chefe da Justiça agora confia justamente na justiça que tentou sabotear.
A demissão dos dois segue os pareceres da Consultoria Jurídica do MJSP e da AGU, além da decisão da Primeira Turma do STF. Enquanto alguns tentaram derrubar o Estado, o Estado finalmente mostrou que funciona — e que ninguém é maior que a lei.