MJSP inicia capacitação nacional para melhorar investigação contra o crime

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) deu início, nesta segunda-feira (3/11), ao Curso de Investigação Qualificada de Organizações Criminosas (Ciorcrim) — uma capacitação voltada ao aperfeiçoamento de práticas e metodologias de investigação avançada contra facções criminosas.

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O treinamento, que segue até 14 de novembro, ocorre no auditório do Palácio da Justiça, em Brasília, e reúne 40 delegados das Polícias Civil e Federal de todo o país. A iniciativa é promovida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por meio da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) e da Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP).

Formação integrada e alinhada à realidade das polícias

A mesa de abertura contou com a presença do gerente da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), Paulo Reyner; do secretário nacional de Segurança Pública substituto, Rodney da Silva; da coordenadora-geral de Ensino e Pesquisa, Márcia Alencar Machado da Silva; e do coordenador da CGPRE/PF, Alexandre Custódio Neto.

Desenvolvido de forma colaborativa, o curso foi estruturado com a participação ativa de representantes das Polícias Judiciárias Estaduais, garantindo que o conteúdo reflita os desafios reais enfrentados no combate às facções. Uma câmara técnica de especialistas contribuiu para definir os temas e metodologias abordadas, com foco em coerência técnica e alinhamento às demandas contemporâneas.

Segundo Rodney da Silva, a iniciativa busca uniformizar e fortalecer a atuação investigativa em todo o país.

“Para assegurar a qualidade e o posicionamento técnico nas investigações criminais, especialmente contra organizações criminosas, foi criada uma câmara composta por especialistas de todas as forças do Brasil. O objetivo é aprimorar a formação dos delegados de forma estratégica, integrada e eficaz”, destacou o secretário substituto.

Temas abordados e foco em tecnologia

O Ciorcrim pretende fortalecer competências investigativas, incentivar a articulação entre órgãos de segurança pública e promover uma atuação integrada no enfrentamento ao crime organizado. O curso está alinhado às diretrizes da Renorcrim e reforça o compromisso do MJSP com a formação técnica e ética dos profissionais de segurança.

Entre os temas da programação, com duração de 12 dias, estão:

Gestão estratégica da investigação;

Uso de inteligência artificial no combate ao crime organizado;

Criptoativos e investigação patrimonial;

Análise de dados telemáticos e de dispositivos móveis;

Fontes de informação do sistema penitenciário;

Comunicação social;

Cadeia de custódia e vestígios digitais, entre outros.

A coordenadora-geral da DEP, Márcia Alencar Machado da Silva, destacou que o avanço tecnológico impõe novos desafios às forças de segurança.

“O crime organizado se apresenta de forma cada vez mais sofisticada, transnacional e tecnológica. Cabe a nós responder de maneira técnica, ética e integrada”, afirmou.

Compromisso com a qualificação das forças policiais

O Ciorcrim reafirma o empenho do Ministério da Justiça e Segurança Pública em fortalecer a capacidade de investigação e a integração das polícias brasileiras. A ação busca ampliar o conhecimento técnico e promover a troca de experiências entre profissionais que atuam diretamente no enfrentamento às organizações criminosas em todo o país.