Piauí registra maior queda histórica da pobreza em 2024, aponta IBGE

Programas sociais impulsionam avanço e tiram mais de meio milhão de piauienses da situação de pobreza
Redação

O Piauí alcançou um marco importante em 2024 com a expressiva redução da pobreza no estado. Dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 37,3% da população vive em situação de pobreza, resultado que representa uma queda de 7,9 pontos percentuais em comparação com 2023, quando o índice era de 45,4%.

Foto: Reprodução
Prédio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

A análise da série histórica reforça o avanço: em 2012, cerca de 1,78 milhão de piauienses estavam em situação de pobreza. Em 2024, esse número caiu para aproximadamente 1,26 milhão — uma redução de cerca de 524 mil pessoas ao longo de 12 anos, o menor índice já registrado pelo levantamento.

Segundo o IBGE, são consideradas em situação de pobreza as pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a R$ 694 mensais, em 2024, parâmetro baseado em valores do Banco Mundial.

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Benefícios sociais fazem diferença no bolso das famílias

Os dados revelam ainda que os programas sociais tiveram papel decisivo para a melhoria dos indicadores. No Piauí, sem os benefícios governamentais, a pobreza alcançaria 47,1% da população — quase 10 pontos percentuais acima do índice atual. Entre as iniciativas que contribuíram para o resultado estão o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Auxílio Emergencial.

O impacto também é nacional: considerando o recebimento de benefícios sociais, o indicador brasileiro de pobreza em 2024 foi de 23,1%, o menor desde 2012. Sem os programas, a taxa subiria para 28,7%.

Entre os estados com maiores índices de pobreza estão Acre (45,9%), Maranhão (45,8%) e Ceará (43,3%). Já os menores percentuais foram registrados em Santa Catarina (8,0%), Rio Grande do Sul (11,1%) e Mato Grosso (13,1%).

Os resultados reforçam a importância das políticas públicas na transformação social e econômica, ampliando o acesso à renda e fortalecendo a qualidade de vida das famílias mais vulneráveis.

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