Justiça nega liberdade a acusado de matar ex-namorado de atual companheira
O caso está na 2ª Vara do Tribunal do Júri
RedaçãoO Tribunal de Justiça do Piauí manteve a prisão de Breno Ronaldy Guimarães, indiciado pelo homicídio qualificado de Alef Oliveira, em junho deste ano. As investigações apontaram que Breno executou o ex-namorado de Sabrina Grazielli, com quem tinha um relacionamento. Ela foi apontada como mentora do crime.
Na decisão que manteve a prisão de Breno, a juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, analisou que a materialidade do crime está comprovada por meio de laudos periciais que esclarecem como, quando e por que a morte ocorreu. A decisão é do dia 16 de setembro.
“Existem indícios que apontam para o acusado a coautoria da conduta, tanto que a denúncia foi recebida; o acusado reitera na prática de delitos e o modus operandi empregado no cometimento do delito evidenciam que a sua liberdade representam perigo para a manutenção da ordem pública e que outras medidas cautelares diversas do encarceramento não são suficientes para a garantia da tranquilidade que a ordem pública exige”, afirma na decisão.
Na decisão, a juíza também íntima a defesa de Sabrina Gazielli Dourado, indiciada por homicídio qualificado e dano qualificado, para apresentar resposta a denúncia oferecida contra a acusada.
“Intime-se os acusados, através dos advogados por eles constituídos para defendê-los da imputação que lhes é feita, para que se manifestem, no prazo de cinco dias, sobre os objetos apreendidos nestes autos”, finaliza a decisão.
Relembre o caso
Alef Oliveira de Lima, de 23 anos, foi morto a tiros na madrugada do dia 21 de junho deste ano, no bairro Frei Damião, zona Sudeste de Teresina.
Segundo a investigação, Sabrina e o atual companheiro dela, Breno, foram indiciados por homicídio qualificado e dano qualificado. Breno é apontado como o autor material do crime.
De acordo com o inquérito, um dia antes do homicídio, Sabrina e Alef, com quem ela já não mantinha mais relacionamento, teriam discutido por mensagens. Ela chegou a enviar áudios com ameaças explícitas de morte e de incêndio, após vê-lo com outra mulher.
Ainda conforme a apuração da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Sabrina teria pedido a Breno que "desse um susto" em Alef, motivada por ciúmes. Na madrugada do crime, a motocicleta da vítima foi incendiada em frente à sua residência. Ao sair de casa para verificar o ocorrido, Alef foi surpreendido e atingido com um tiro no peito.
A polícia afirma que o disparo foi efetuado supostamente por Breno Ronaldy, que teria atuado a mando de Sabrina Grazielli. Breno Ronald foi preso um dia após o crime.