Menina dopada e estuprada está em choque; advogada vai acionar polícia por ataques

A garota está em choque
Redação

Os últimos quatro dias foram de terror para a menina de 15 anos, que foi encontrada dopada e estuprada em uma residência no bairro Parque Piauí, zona Sul de Teresina. A garota estava desaparecida desde a última sexta-feira (6) e o suspeito dos crimes – estupro de vulnerável e cárcere privado – foi preso.

O relato de familiares e amigos é que a menina está em estado de choque, com crise de pânico, e não consegue falar sobre os crimes. Devido os traumas e violência, ela será acompanhada por uma equipe multidisciplinar da Maternidade Dona Evangelina Rosa. Ontem, ela realizou o exame no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS) da maternidade e deu positivo para a violência sexual. A vítima é autista e diagnosticada com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). A violência foi tão brutal que a garota mal consegue andar direito e sentar.

“É muito trauma, dor. Visivelmente se percebe os traços da violência, seu rosto, olho, boca e partes do corpo está com hematomas e ferimentos. Ontem quando foi localizada ela teve que ser levada nos braços, pois andava quase se arrastando, devido a brutal violência”, disse a advogada da família, Rosemary Farias.

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Advogada vai registrar BO por ataques na internet

Rosemary Farias informou que vai registrar boletim de ocorrência na Delegacia de Repreensão aos Crimes de Informática sobre os ataques que a menina sofreu nos últimos dias. A advogado já fez prints de vários ataques e vai encaminhar para a Polícia.

Segundo ela, as postagens na rede social revoltaram a família em momento de profunda dor pelo desaparecimento da filha e agora encontrada sob efeitos de substância e com violência sexual.

Foto: Renato Andrade
Advogada Rosemary Farias

“Ela está sofrendo também na internet uma violência moral. Vamos registrar um BO na polícia. Não basta a violência sofrida pela menina, a família tem que se deparar com uma enxurrada de comentários preconceituosos nas redes sociais com ataques a imagem da garota. Em todas as entrevistas estou pedindo empatia para a sociedade que não prolifere esses comentários odiosos”, disse Rosemary Farias.

A Polícia Civil e a advogada reforçaram a informação que a partir de agora, respeitando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o nome e a imagem da menina não devem mais ser publicadas.

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