Brasil entra formalmente em ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça

Governo se alia à África do Sul e reforça condenação a violação de direitos em Gaza
Redação
Foto: Reprodução | Bashar TALEB/AFP
Homem observa bandeira da Palestina hasteada sobre as ruínas em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) anunciou, nesta quarta-feira (23), a entrada formal do Brasil na ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas (ONU).

A ação, movida pela África do Sul, acusa Israel de cometer genocídio em Gaza, violando obrigações previstas na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

De acordo com o MRE, o governo brasileiro expressa indignação diante dos casos de violência contra a população civil no Estado da Palestina e sua extensão para a Cisjordânia.

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"A comunidade internacional segue testemunhando, de forma rotineira, graves violações de Direitos Humanos e Humanitário: ataques à infraestrutura civil, inclusive a sítios religiosos, como à paróquia católica em Gaza, e às instalações das Nações Unidas, como à Organização Mundial da Saúde; violência indiscriminada e vandalismo por colonos extremistas na Cisjordânia, como o incêndio às ruínas da antiga Igreja de São Jorge e ao cemitério bizantino em Taybeh; massacres de civis, a maior parte dos quais mulheres e crianças, que se tornaram cotidianos durante a entrega de ajuda humanitária em Gaza; e a utilização despudorada da fome como arma de guerra”, informa a nota do governo brasileiro.

Além disso, o MRE afirma que Israel comete “violações do Direito Internacional” através da anexação de territórios pela força e pela expansão de assentamentos ilegais.

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