CPI do Lixo debate balança de pesagem e melhorias no Aterro Sanitário em Teresina

Gerente da ETURB defende novo sistema de pesagem e relata avanços na organização do aterro sanitário

A Câmara Municipal de Teresina realizou, nesta terça-feira (23), a 7ª oitiva da CPI do Lixo, com foco nas divergências envolvendo o controle de pesagem dos resíduos sólidos da capital e a atual situação do aterro sanitário.

A sessão contou com a presença dos vereadores Fernando Lima (MDB) e Deolindo Moura (PT), que conduziram o interrogatório do convocado Alexandre José da Silveira Neto, gerente executivo da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB).

Gerente executivo da ETURB detalha melhorias no Aterro Sanitário em CPI sobre limpeza pública

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Durante a CPI, Alexandre prestou esclarecimentos sobre a gestão do Aterro Sanitário. Ele explicou que um dos principais pontos de questionamento dos vereadores era a balança de pesagem dos caminhões de lixo. Segundo ele, um novo sistema foi implantado e o equipamento é controlado diretamente pela Prefeitura de Teresina, funcionando 24 horas por dia.

“Essa balança não é terceirizada. Ela é monitorada pelo município e nós temos total controle sobre os registros de entrada e saída dos resíduos”, afirmou.

Ao ser questionado sobre os principais problemas encontrados ao assumir a gestão, Alexandre destacou a falta de organização como o maior desafio. Ele relatou que a ETURB promoveu mudanças no fluxo de entrada dos veículos, na pesagem dos caminhões e na disposição dos resíduos nas células do aterro.

“Estava um pouco desorganizado. Nosso objetivo foi estruturar melhor esses processos para garantir eficiência e contribuir com a limpeza pública da cidade”, explicou.

Apesar das medidas relatadas, os vereadores ressaltaram que a situação do aterro ainda é considerada precária e precisa de investimentos mais robustos. Para o vereador Fernando Lima, é essencial que haja transparência e modernização constantes: “A forma como o aterro vem sendo mantido pode gerar não apenas problemas de saúde pública, mas também riscos ambientais sérios”.

O vereador Deolindo Moura reforçou que a comissão continuará cobrando explicações da ETURB e de empresas terceirizadas sobre a gestão do lixo em Teresina. “Nosso papel é garantir que os recursos sejam aplicados de forma correta e que a população tenha serviços de qualidade. O que estamos identificando até agora revela uma série de fragilidades que precisam ser corrigidas”, disse.

As declarações reforçam o papel do Aterro Sanitário como ponto estratégico para o gerenciamento de resíduos sólidos em Teresina e evidenciam os esforços da ETURB em modernizar o sistema de controle.

A CPI do Lixo seguirá ouvindo técnicos e gestores ligados ao setor, com previsão de novas oitivas nas próximas semanas. O relatório final deverá reunir recomendações e possíveis encaminhamentos aos órgãos de fiscalização e controle.

Foto: Eloy Figueiredo / Revista40graus
CPI do Lixo apura falhas em balança e gestão do aterro sanitário em Teresina

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