Lula critica intervenções militares na América Latina

Durante cúpula da Celac e UE, presidente alertou sobre “velhas manobras retóricas” usadas para justificar ações ilegais
Redação
Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert / PR
Presidente Lula discursa na abertura da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, sem citar diretamente os Estados Unidos ou o presidente Donald Trump, a intervenção militar em países da América Latina e do Caribe e afirmou que “velhas manobras retóricas” são utilizadas para justificar ações “ilegais”.

“A ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e do Caribe. Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais. Somos uma região de paz e queremos permanecer em paz. Democracias não combatem o crime violando o direito internacional”, disse o presidente, neste domingo (9), durante discurso na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia ocorrida em Santa Marta, na Colômbia.

Os governos dos Estados Unidos e da Venezuela têm trocado ameaças após a intensificação da presença militar norte-americana na costa do Caribe e da Venezuela sob a justificativa de combate ao narcotráfico.

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“O alcance transnacional do crime coloca à prova nossa capacidade de cooperação. Nenhum país pode enfrentar esse desafio isoladamente”, afirmou o petista. Ações coordenadas, intercâmbio de informações e operações conjuntas são fundamentais para que a gente consiga vencer”, concluiu.

A ausência de menção direta aos Estados Unidos acontece em meio às negociações comerciais com os norte-americanos a respeito da imposição do tarifaço ao Brasil.

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