HPM comemora média de espera de 29 dias por cirurgia eletiva — porque no SUS isso já é quase “entrega expressa”
O diretor do hospital, atribui o feito a muito trabalho, dedicação da equipe e melhorias nos fluxos internos
RedaçãoO Hospital Dirceu Arcoverde da Polícia Militar (HPM), em Teresina, divulgou com satisfação um número que, em qualquer país desenvolvido, seria motivo de preocupação — mas que no Brasil acaba soando quase como vitória: a média de espera por cirurgias eletivas chegou a 29,74 dias. No contexto nacional, onde meses (ou anos) de fila são comuns, o resultado virou motivo de comemoração interna.
O diretor do hospital, coronel Castelo Branco, atribui o feito a muito trabalho, dedicação da equipe e melhorias nos fluxos internos. Segundo ele, atingir esse prazo é “um número muito proveitoso”, fruto de esforços contínuos de organização e segurança do paciente. Em outras palavras: quando o padrão é o caos, eficiência de um mês vira motivo de orgulho.
O HPM oferece atualmente seis especialidades cirúrgicas: ortopedia, cirurgia geral, dermatologia, ginecologia (incluindo laqueaduras), urologia (com vasectomia) e odontologia bucomaxilofacial — área essencial para pacientes com deficiência intelectual e autismo. O hospital segue como referência estadual em ortopedia, mantendo protagonismo em um setor onde a demanda nunca diminui.
O diretor técnico, o anestesista Miguel Teixeira, reforça que todo o atendimento é 100% SUS, com pacientes de todas as regiões chegando via Regula Piauí. Ele destacou que alcançar menos de 30 dias de espera representa maior agilidade ao cidadão. No Brasil, isso significa quase cirurgias “em tempo real”.
Para o superintendente de Média e Alta Complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo, o segredo é governança, acompanhamento de indicadores e planejamento — três palavras que, na gestão pública, já são consideradas quase um milagre. Ele afirma que o objetivo não é apenas “entregar números”, mas oferecer atendimento de excelência.
Com os novos resultados, o HPM reforça seu papel estratégico na rede estadual. Entre filas reduzidas, fluxos afinados e números celebrados, o hospital se destaca por entregar algo raro no SUS: eficiência que cabe dentro de um calendário mensal.