Copom mantém taxa Selic em 15% ao ano, maior patamar desde 2006
Banco Central aponta inflação acima da meta e instabilidades externas como motivos para manter juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (17), manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, a mais alta desde 2006.
O Copom justificou a decisão alegando instabilidades no mercado externo e inflação acima da meta do Brasil, com previsões de “4,8% e 4,3%” para os anos de 2025 e 2026.
De acordo com o comitê, a manutenção dos juros auxilia no combate à inflação, visto que mantém cara a concessão de crédito - isso desestimula o consumo da população e os investimentos das empresas.
“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue apresentando, conforme esperado, certa moderação no crescimento, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação", disse o Copom em comunicado.
O Copom também atribuiu parte da decisão à “conjuntura” e à “política econômica” dos Estados Unidos.
“O ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”, afirmou.
O Copom é formado pelo presidente do Banco Central e pelos seus Diretores (a Diretoria Colegiada), reunindo um total de nove membros.
Fonte: Reprodução | g1 | UOL