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Datafolha: Maioria quer prisão de Bolsonaro , e 51% duvidam que ela vá ocorrer

Ex-presidente deverá ser julgado por trama golpista pelo Supremo no mês que vem
Redação

Nova pesquisa do Datafolha mostra que 48% dos brasileiros querem ver Jair Bolsonaro (PL) preso no julgamento da trama golpista de 2022, e 46% que desejam ele livre. Mas 51% acreditam que o ex-presidente vai escapar da cadeia.

O levantamento foi feito à luz da crise entre Estados Unidos e Brasil, com Donald Trump tendo encampado a tese de que Bolsonaro é vítima de perseguição e usado isso como justificativa para impor tarifas de importação mais altas a produtos brasileiros.

Foto: Gabriela BilóBolsonaro com a tornozeleira eletrônica determinada por Moraes durante culto em Taguatinga
Bolsonaro com a tornozeleira eletrônica determinada por Moraes durante culto em Taguatinga

A movimentação do presidente americano é apoiada e municiada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Bolsonaro que se mudou para os EUA para tocar a campanha em favor da anistia do pai.

Dos 2.044 ouvidos na terça (29) e na quarta-feira (30), 6% disseram não saber opinar sobre a prisão do ex-mandatário. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Em comparação com um levantamento de abril em que as mesmas perguntas foram feitas, houve uma oscilação no limite dessa margem, indicando uma inversão ao menos momentânea de ânimos.

Na rodada anterior, 52% achavam que o ex-presidente merecia ir à prisão, ante 42% que diziam o contrário. Já a avaliação do que deve ocorrer no julgamento previsto para setembro no Supremo Tribunal Federal segue estável: 52% achavam que ele ia escapar, ante 41% que previam o contrário —são 40% agora.

Bolsonaro será julgado sob a acusação de ter fomentado um movimento para se manter no poder após a derrota para Lula (PT) no segundo turno de 2022. A trama envolvendo políticos e militares não funcionou, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, e desandou nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O ex-presidente rechaça todas as acusações, que podem dar a ele uma pena de 12 a 43 anos de prisão. O condutor do processo, ministro Alexandre de Moraes, virou alvo de Trump devido à sua atuação.

Perdeu o direito a visto americano após determinar medidas restritivas a Bolsonaro, aliado ideológico do republicano, e agora foi submetido a uma lei que congela nos EUA bens de estrangeiros acusados de violar direitos humanos o que para analistas e outras pessoas ouvidas não há cabimento legal e nem moral para tal medida. A apontada ilegalidade do emprego da lei americana, desenhada para ditadores e criminosos, deve servir de base em caso queira, o ministro Alexandre de Moraes poderá fazer contestação judicial da sanção.

 

Fonte: Revista40graus e colaboradores

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