GCM de Teresina lança movimento “Guarda Legal” e restringe atividades em protesto
Categoria alega insegurança nas atividades e atraso no pagamento dos adicionaisAgentes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Teresina deram início ao movimento “Guarda Legal” na manhã desta quarta-feira (21), e realizará apenas trabalhos internos dentro da corporação. A categoria alega insegurança nas atividades e atraso no pagamento dos adicionais de risco e hierarquia.

A um meio de comunicação, a Secretaria Municipal de Segurança Pública de Teresina negou que a categoria esteja trabalhando com equipamentos irregulares e ressaltou que ainda não existe um prazo para o pagamento dos adicionais de risco e hierarquia.
O guarda civil municipal Felipe Leal, representante da base do Sindserm, relatou que entre as irregularidades está o porte de armas e munições vencidas, o que gera precariedade do serviço nas ruas.
“Existe irregularidade no armamento. Temos viaturas descaracterizadas, sem rádio, giroflex, sirene. Falta local de descanso e curso de direção veicular de emergência, que é obrigatório. Por segurança, decidimos iniciar o movimento, realizando apenas serviços internos, dentro da legalidade”, pontuou Felipe.
Ainda conforme o representante, a categoria vem tentando dialogar com a prefeitura e outros órgãos competentes.
“Tentamos diálogo com a administração, mas não conseguimos. Conversamos com o Ministério Público, Tribunal de Contas, vereadores, inclusive com o vice-prefeito Jeová Alencar. Ele informou que iria conversar com o prefeito e traria uma resposta até o fim da manhã de hoje”, explicou o representante.
O Secretário Municipal de Segurança, Coronel Wagner Torres, reforçou que o pagamento dos adicionais serão feitos quando a prefeitura de Teresina atingir equilíbrio financeiro.
"O próprio prefeito repassou que o pagamento dos adicionais de risco e hierarquia serão realizados, quando a prefeitura atingir equilíbrio financeiro. Sobre as reclamações de munições e coletes vencidos, nós temos 3 mil munições novas, adquiridas em 2022, e a manutenção dos coletes são de responsabilidade dos guardas", ressaltou o secretário.
No último dia 13, a categoria realizou uma assembleia setorial com todos os servidores, reivindicando o cumprimento do plano de cargos da corporação e denunciando atrasos no pagamento do adicional de risco de vida e de hierarquia, como as reivindicações não foram atendidas, a categoria deu início ao movimento "Guarda Legal".
Opinião do Revista40graus:
A prefeitura não pode deixar de pagar o devido, pois são obrigações acessórias sob a alegação de não poder em virtude de supostos desvios ou como está sendo dito pelo prefeito de Teresina como "rombo".
O certo é que a GCM de Teresina realiza mesmo na precariedade um serviço relevante e necessário que precisa de atenção e valorização plena.
Fonte: Revista40graus e colaboradores