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Wellington Dias participou do lançamento de programa, em Teresina (PI)

Governo Federal lança o Agora Tem Especialistas e Lula participa on-line
Redação

O ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou, nesta sexta-feira (30.05), do lançamento do Governo Federal do programa Agora Tem Especialistas para ampliar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias. A iniciativa possibilita que o Ministério da Saúde utilize toda a estrutura de saúde do país, pública e privada, aumentando a capacidade de atendimento nas redes locais. A expectativa, com os novos mecanismos, é reduzir o tempo de espera dos pacientes, um gargalo histórico e que se agravou com a pandemia.

Foto: Roberta Aline/MDSWellington Dias no lançamento do Programa 'Agora tem Especialistas'
Wellington Dias no lançamento do Programa 'Agora tem Especialistas'

O titular do MDS esteve presente na cerimônia em Teresina, no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Como uma das primeiras entregas do programa, a capital piauiense receberá um acelerador linear, equipamento de alta tecnologia para o tratamento do câncer que ampliará a capacidade de atendimento para até 600 novos casos da doença.

Foto: Roberta Aline/MDSWellington Dias no lançamento do Programa 'Agora tem Especialistas'
Wellington Dias no lançamento do Programa 'Agora tem Especialistas'

“Além de tratamento, além de exames, além de consultas, também vai ser uma base, com a Universidade Federal, para pesquisa, para ampliar ainda mais, como anunciou o ministro Padilha, as condições de avançarmos com profissionais mais preparados”, ressaltou Wellington Dias durante o lançamento.

Para a expansão da oferta de serviços especializados, o Agora Tem Especialistas prevê o credenciamento de clínicas, hospitais filantrópicos e privados para atendimento de pacientes do SUS com foco em seis áreas prioritárias - oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. A contratação será feita pelos estados e municípios, ou de maneira complementar pela AgSUS e Grupo Hospitalar Conceição.

A medida provisória estabelece ainda que hospitais privados e filantrópicos realizem consultas, exames e cirurgias de pacientes do SUS como contrapartida para sanar dívidas junto à União. Da mesma forma, os planos de saúde poderão ressarcir os valores aos SUS através de atendimento.

Foto: Roberta Aline/MDSWellington Dias no lançamento do Programa 'Agora tem Especialistas'
Wellington Dias no lançamento do Programa 'Agora tem Especialistas'

Uma das prioridades é aproveitar ao máximo a capacidade da rede pública de saúde, com a realização de mutirões e ampliação dos turnos de atendimento em unidades federais, estaduais e municipais. A estimativa é que, com medidas como essa, seja possível expandir em até 30% os atendimentos em policlínicas, UPAS, ambulatórios e salas de cirurgias por todo o Brasil.

Durante a cerimônia de lançamento, o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou o compromisso e a urgência de garantir acesso à saúde para a população mais vulnerável. “O povo tem pressa, a periferia tem pressa, as pessoas das cidades menores tem pressa” afirmou o presidente. 

As ações unem esforços de toda a rede de saúde e aproveitam a capacidade instalada para atender a uma demanda urgente da população brasileira. São 370 mil óbitos por ano por doenças não transmissíveis relacionados a atraso no diagnóstico, segundo o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS). Dados do INCA apontam que os custos com câncer aumentam em 37% por agravamento devido à desassistência. Há uma necessidade ainda de o país aumentar em mais de 60% as biópsias para o câncer de mama.

Soma-se a este cenário a distribuição desigual dos médicos especialistas no Brasil. Demografia Médica 2025 aponta que esses profissionais estão concentrados no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro e na rede privada, uma vez que 10% deles atendem exclusivamente SUS.

Foto: Roberta Aline/MDSWellington Dias no lançamento do Programa 'Agora tem Especialistas'
Wellington Dias no lançamento do Programa 'Agora tem Especialistas' com a Reitora Nardine da UFPI

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o programa envolve um conjunto de iniciativas que procura, sobretudo, "gerar no nosso país uma mobilização máxima de toda a estrutura de saúde que o nosso país tem, seja pública, seja privada, para ter um grande objetivo único, reduzir o tempo de espera para o atendimento especializado no nosso país”, destacou. 

Consolidar a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer 

O Agora Tem Especialistas prevê a consolidação do cuidado oncológico no SUS como a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer. O Ministério da Saúde vai adquirir mais 121 aceleradores lineares até 2026, representará um aumento e qualificação dos aparelhos em funcionamento no SUS. Destes equipamentos para radioterapia, seis serão entregues nesta sexta-feira em São Paulo (SP), Bauru (SP), Piracicaba (SP), Curitiba (PR), Andaraí (RJ) e Teresina (PI).

O país passará a contar com o Super Centro Brasil para Diagnóstico de Câncer. Todos os serviços oncológicos serão integrados para oferta de teleconsultoria, telelaudos e telepatologia. Com a entrada do A.C. Camargo Câncer Center no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e a participação do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a rede será capaz de emitir, inicialmente, 1.000 laudos por dia.

Carretas especializadas e telessaúde para levar atendimento às regiões desassistidas

O Ministério da Saúde vai garantir atendimento especializado em regiões desassistidas, com a disponibilização de 150 carretas equipadas com estrutura para realizar consultas com cardiologista e oftalmologista, por exemplo, além de exames como mamografia, tomografia e raio-X. A proposta é que as carretas do Agora Tem Especialistas tenham estrutura para pequenas cirurgias e biópsias. Outra frente é o atendimento móvel de caminhoneiros. Também estão previstos mutirões de exames, consultas e cirurgias em áreas remotas e territórios indígenas.

Para garantir o deslocamento de pacientes, serão disponibilizados recursos para a compra de até 6.300 veículos para transporte até hospitais e unidades de saúde, com prioridade para o atendimento oncológico. Cerca de 1,2 milhão de pacientes deverão ser beneficiados por mês com o funcionamento deste serviço.

Para encurtar distâncias, um desafio em um país das dimensões do Brasil, será ampliada a oferta de serviços de telessaúde, que têm potencial para reduzir até 30% as filas de espera por consulta ou diagnóstico da rede especializada do SUS. Serão abertos editais para as iniciativas pública e privada para a oferta de telediagnóstico, teleconsultoria e teleconsulta especializada.  

O provimento e a formação dos profissionais são outra frente do programa, com expectativa de ampliar em 3.500 o número de profissionais especializados com foco em áreas prioritárias, sendo 500 vagas para o Mais Médicos Especialistas.

A comunicação com os pacientes ganha novas funcionalidades do Meu SUS Digital. O aplicativo emitirá alertas de mensagem e via push para comunicar ao usuário sobre o agendamento e o atendimento de consultas, exames, cirurgias e tratamentos. O SUS também fará contato com avisos por WhatsApp e SMS.

Fonte: Revista40graus e colaboradores

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