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China anuncia Renda Básica Universal e acende debate global

Governo chinês inicia programa que garante valor mensal fixo a cidadãos desempregados.
Redação

No dia 1º de maio de 2025, governo chinês inicia programa que garante valor mensal fixo a cidadãos desempregados. Medida responde aos impactos da automação e da inteligência artificial no mercado de trabalho.

A China anunciou oficialmente, em 1º de maio de 2025, o início de um programa nacional de Renda Básica Universal (RBU), que garantirá um valor mensal fixo para todos os cidadãos que não estiverem trabalhando. O objetivo é assegurar um mínimo de sustento diante das transformações provocadas pela automação e o avanço acelerado da inteligência artificial.

Foto: ReproducaoChina anuncia Renda Básica Universal e acende debate global sobre futuro do trabalho
China anuncia Renda Básica Universal e acende debate global sobre futuro do trabalho

A medida acompanha uma tendência observada em diversos países, como resposta ao crescimento de tecnologias que substituem funções humanas. Robôs, sistemas autônomos e IA têm ocupado o lugar de profissionais em linhas de produção, processos decisórios e resolução de problemas complexos. A lógica por trás dessas mudanças levanta uma questão central: se a tecnologia faz mais com menos pessoas, o que será feito de quem sobra?

Governos como o chinês optam por uma solução direta: transferir renda. A proposta é simples — garantir o mínimo necessário para que a economia continue girando. Especialistas apontam que, se milhões de pessoas deixarem de consumir por falta de renda, todo o sistema econômico corre o risco de colapsar.

No entanto, a iniciativa não escapa de controvérsias. O que significa viver de uma renda que não se gerou? Essa quantia fixa será suficiente para proporcionar dignidade e autonomia? E, sobretudo, dignidade pode ser concedida ou é algo que se conquista?

O debate não se resume ao certo ou errado, mas à nova configuração do mundo do trabalho. Habilidades que antes garantiam o sustento de famílias inteiras estão sendo desvalorizadas. Em contrapartida, ganham espaço aqueles que aprendem rápido, criam soluções, dominam ferramentas tecnológicas e constroem ativos, em vez de apenas venderem suas horas por dinheiro.

A Renda Básica Universal, dizem analistas, pode garantir o básico — mas não garante visão, nem autonomia, nem evolução pessoal ou profissional.

O alerta final é claro: se tudo ao redor está se automatizando, a única peça que não pode se tornar obsoleta é você.

Fonte: scottsantens.com

Fonte: scottsantens

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