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'É triste saber que o mundo se cala diante de um genocídio em Gaza', diz Lula

Em entrevista no Palácio do Eliseu, presidente brasileiro fala sobre ações do governo israelense
Redação

Em entrevista coletiva no Palácio do Eliseu, sede do governo francês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a condenar as ações do exército e do governo israelense na Faixa de Gaza e pediu que as potências internacionais respeitem as recomendações da ONU e exijam o fim do conflito. Lula classificou o quadro como "massacre" de civis inocentes.

Foto: Ricardo Stuckert / PRLula e Macron em revista as tropas
Lula e Macron em revista as tropas

"É um massacre por parte de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças. É contra isso que a humanidade tem que se indignar", disse ele. ao responder a pergunta, na tarde desta quinta (5/6) - final da manhã, pelo horário de Brasília -, ao lado do presidente francês, Emmanuel  Macron, com quem havia concluído parte da agenda da visita de Estado.

A mesma ONU que criou o Estado de Israel tem que ter autoridade para proteger a área demarcada em 1967", continuou, fazendo referência às fronteiras estabelecidas e que têm sido continuamente desrespeitadas por Israel, ao longo do tempo. "É o mínimo do bom-senso que a gente pode exigir como humanista", disse ainda.

Antes dele, o presidente francês havia dito, em resposta à mesma pergunta, que a França, a União Europeia e o Reino Unido estão empenhados em fechar um acordo sólido para garantir um cessar-fogo em Gaza. Macron disse que mais não poderia dizer para não prejudicar os termos da proposta que será apresentada nos próximos dias.

Lula destacou também que a recente morte de duas crianças palestinas por soldados israelenses não provocou a mesma indignação na mídia que  a morte de dois israelenses nos Estados Unidos. Lula condenou os dois crimes. Ele afirmou que o cessar-fogo definitivo seria a garantia "ao direito de viver" dos palestinos.

É importante que as potências mundiais deem logo um basta nisso. Estamos vendo um genocídio na nossa cara todo o santo dia. É triste saber que o mundo se cala diante de um genocídio", completou.

Lula criticou, mais uma vez, a fraqueza política da ONU, que tem suas resoluções desrespeitadas, e reivindicou novamente a reforma do Conselho de Segurança da entidade, com a inclusão de outros países com direito a voto em resoluções sobre conflitos.

Fonte: Revista40graus e colaboradores

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