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Auditor da Sefaz-SP é acusado de liderar fraude bilionária no caso Ultrafarma

Artur Gomes da Silva Neto, ex-melhor aluno do ITA, é apontado como mentor de esquema de R$ 1 bi

A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão de auditores fiscais e empresários investigados por um esquema bilionário de fraude tributária, revelado pela Operação Ícaro, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A ação apura o pagamento de propinas para agilizar e aprovar de forma irregular pedidos de ressarcimento de créditos de ICMS.

Entre os presos está o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como o “cérebro” do esquema. Considerado um servidor brilhante por colegas da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-SP), ele é acusado de atuar como mentor intelectual da fraude, dominando todo o processo para liberar valores indevidos. Outro auditor, Marcelo de Almeida Gouveia, também teve a prisão preventiva mantida.

Foto: InfomoneyAuditor fiscal acusado de liderar esquema de R$ 1 bilhão em propinas
Auditor fiscal acusado de liderar esquema de R$ 1 bilhão em propinas

O MP-SP afirma que empresários pagavam para que pedidos de ressarcimento fossem aprovados sem revisão, com valores acima do devido. Os investigados Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, e Mario Otávio Gomes, executivo da Fast Shop, tiveram suas prisões temporárias confirmadas. Em outro núcleo da investigação, Celso Éder Gonzaga de Araújo e Tatiane da Conceição Lopes de Araújo permanecem detidos por lavagem de dinheiro, após a apreensão de pedras preciosas e mais de R$ 1 milhão em espécie.

Segundo o Ministério Público, o esquema teria operado desde maio de 2021, movimentando cerca de R$ 1 bilhão em propinas. A defesa de Sidney Oliveira alega que o empresário já firmou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) e quitou os tributos devidos. A Fast Shop informou que colabora com as autoridades, e a Ultrafarma ainda não se pronunciou.

Foto: DivulgaçãoSegundo o Ministério Público, o esquema teria operado desde maio de 2021, movimentando cerca de R$ 1 bilhão em propinas
Segundo o Ministério Público, o esquema teria operado desde maio de 2021, movimentando cerca de R$ 1 bilhão em propinas

A Sefaz-SP abriu procedimento administrativo para apurar a conduta dos servidores e declarou apoio total às investigações. O MP-SP avalia a possibilidade de acordos de colaboração premiada para ampliar o alcance das apurações, que podem atingir outros agentes públicos e empresas.

Fonte: Reprodução

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