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Governo Federal quer começar a ressarcir aposentados em julho

Em audiência pública, AGU apresentou ao STF as linhas gerais da proposta de devolução dos valores
Redação

Em audiência de conciliação realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (24/6), a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou as linhas gerais da proposta para o ressarcimento das vítimas de descontos associativos ilegais em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A previsão é de que todos os aposentados e pensionistas atingidos pelas fraudes sejam ressarcidos até o final do ano, com possibilidade de início de pagamento em 24 de julho.

Foto: ReproduçãoAGU em audiência pública no STF sobre as devoluções de valores descontados indevidamente
AGU em audiência pública no STF sobre as devoluções de valores descontados indevidamente

A efetivação dos pagamentos depende da homologação do acordo de conciliação aberto STF no âmbito da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 1236), proposta pela AGU com o objetivo de garantir rapidez e segurança jurídica ao procedimento de ressarcimento.

"Nossa pretensão é construir este caminho seguro, célere, prático, para que nossos aposentados e pensionistas que foram vítimas possam no menor tempo possível, na forma mais simples possível, e mais segura, ter acesso aos seus recursos no menor tempo possível", ressaltou o advogado-geral da União, Jorge Messias. "Nós estamos vindo aqui, como Estado brasileiro, reconhecer direitos e pedir ao Judiciário Nacional que a gente encontre um caminho juridicamente seguro para fazer o pagamento a milhões de aposentados e pensionistas vítimas dessa fraude criminosa", destacou Messias.

A audiência de conciliação foi convocada pelo ministro do STF Dias Toffoli, relator da ADPF 1236. A conciliação foi solicitada pela AGU com o propósito de resguardar a proteção dos direitos dos beneficiários do INSS e fazer o ressarcimento de forma célere.

Também participaram da audiência o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, o defensor público-geral federal, Leonardo Magalhães, o subprocurador-geral da República, Nicolao Dino e o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Jr.

O advogado-geral da União afirmou que pretende apresentar, em conjunto com as outras instituições participantes, uma proposta de acordo ao STF que preveja o ressarcimento integral dos aposentados e pensionistas, em valores corrigidos. Segundo Messias, o ressarcimento não depende da prévia responsabilização das entidades associativas investigadas pela fraude.

Cronograma

O presidente do INSS, Gilberto Waller, informou na audiência que todos os aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos serão ressarcidos integralmente, com valores corrigidos pela inflação. Segundo Waller, os pagamentos seriam feitos em lotes sucessivos, pagos a cada 15 dias. Ele destacou que, em caso de homologação do acordo pelo STF, o INSS já teria condições de pagar o primeiro lote no dia 24 de julho, contemplando cerca de 1,5 milhão de segurados.

A divisão em lotes, de acordo com Waller, é necessária para seguir o cronograma do procedimento administrativo das contestações aos descontos apresentadas pelos aposentados e pensionistas. O procedimento administrativo prevê 15 dias de prazo para que as entidades associativas possam se manifestar sobre os descontos contestados.

Até o momento, o INSS recebeu 3,4 milhões de pedidos de ressarcimento, de acordo com números apresentados na audiência pela autarquia. A contestação aos descontos indevidos continua aberta e pode ser feita por meio dos canais oficiais do INSS, como o aplicativo Meu INSS e a Central 135, além do atendimento presencial nas agências dos Correios em todo o País.

O presidente do INSS anunciou que a partir da segunda quinzena de julho será possível fazer a contestação por meio do atendimento nos PrevBarcos, unidades flutuantes da Previdência Social, que deverão atender à população quilombola e indígena.

Fonte: Revista40graus e colaboradores

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