Empresários de Teresina são presos nas operações da PF por fraudes em OSS
Caso segue sendo investigadoMédicos estão sendo investigados na operação da Polícia Federal, que foi deflagrada na manhã de hoje (30) que investiga esquemas criminosos milionários envolvendo contratos na Sesapi (Secretaria Estadual de Saúde) e Fundação Municipal de Saúde (FMS). Um total de 22 mandados de buscas e apreensão ocorreram nas cidades de Teresina, Timon/MA, Araguaína/TO, Brasília/DF, Goiânia/GO, São Paulo/SP e Curitiba/PR.
Um dos médicos investigados é de Teresina e não foi preso, mas teve busca e apreensão em seu consultório e residência. O nome do médico não foi divulgado pela PF. Dois empresários foram presos durante a operação.
Além da Organização Social de Saúde (OSS) do Hospital Regional de Parnaíba (Heda), realizado em 2023, outras OSS estão sendo investigadas.
Dois empresários foram presos temporariamente durante a deflagração de duas operações da Polícia Federal que investigam fraudes em Organizações Sociais de Saúde (OSS). As prisões ocorreram em Teresina e também foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão.Os nomes não foram divulgados pela PF.
Até a manhã desta terça-feira (30) a polícia já tinha contabilizado R$ 1 milhão em dinheiro em espécie apreendido, além de R$ 66 milhões bloqueados de contas de pessoas físicas e jurídicas.
Segundo a PF, as duas operações foram deflagradas simultaneamente por questões logísticas e a possibilidade de ligações entre empresas com processos de contratação pela Fundação Municipal de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).
As investigações da Polícia Federal tiveram início após denúncias feitas a Controladoria Geral da União, que monitora recursos federais. As entidades contratadas pelo poder público e as entidades se usavam de prestadores de serviço para benefício próprio.

“Organizações se usavam de estruturas de empresas para se beneficiar financeiramente. Algumas pessoas físicas ligadas às organizações que tinha contratos relacionados a área de saúde. Envolve licitação, mas envolve também estruturas de empresas laranjas para beneficiar pessoas. O processo está em segredo. São duas operações ambas relacionadas a setores da saúde. Os presos são pessoas ligadas a essas organizações que mantem contrato com o poder público”, explica o superintendente da CGU, Helio Benvindo.
Foi identificado pelas investigações o superfaturando contratos e processo licitatório feitos de forma errada sem a devida publicidade. Essas ações aconteciam nas Organizações Sociais de Saúde (OSS).
“Temos os bloqueios que atingiram R$ 66 milhões. Na operação Difusão não foi pedido especificamente bloqueio de bens, mas a CGU chegou a um valor de R$ 900 mil que foram recuperados com as apreensões de hoje. As prisões não são comuns nesses casos de corrupções, mas conseguimos passar a gravidade desse caso e conseguimos as prisões. Ocultação do capital e reiteração criminosa, os contratos estavam em andamento. Um do principais requisitos para prisão era à contemporaneidade”, conta o delegado da PF, Murilo Matos.
Além de dinheiro, as operações apreenderam carros de luxo, notebook, celulares e documentos. A Polícia Federal agora se debruça sobre o material apreendido para identificar os servidores envolvidos. Até o momento, dois foram afastados de suas funções publicas por envolvimento no esquema criminoso.
“A gente focou mais no lado dos empresários porque o processo de contratação desse tem 100, 200 servidores envolvidos. Por isso traçamos a estratégia de ir pelas empresas e agora com apreensão, análise de celulares, possivelmente identificar a atuação de servidores", finaliza o delegado.

Fonte: Revista40graus e colaboradores