Facção perde “laboratório” e ganha estadia na Central
Polícia desmonta centro de drogas que achava que era indústria químicaA polícia do Piauí resolveu fazer auditoria surpresa no “negócio” de uma facção que jurava ser uma espécie de startup do crime. Resultado: duas prisões e dois centros de distribuição desarticulados nesta quarta-feira (3), em Parnaíba e Bom Princípio. O grupo acreditava que misturar drogas em galpões e pesar entorpecentes em balança de feira era o caminho para o sucesso — a investigação mostrou que o único destino garantido era a cadeia.
A primeira fase da operação atingiu um ponto de distribuição nos bairros São Vicente, Bebedouro e Dom Rufino, em Parnaíba. Lá, dinheiro, drogas e todo o kit do crime — de prensas a insumos — estavam prontos para abastecer a região urbana e parte do litoral. Os presentes foram recolhidos e os responsáveis ganharam hospedagem gratuita na Central de Flagrantes.
A segunda etapa da ação encontrou o “coração” da operação: um laboratório clandestino na zona rural de Bom Princípio. Ali, as drogas eram misturadas, prensadas e embaladas como se fossem produtos premium. Prensas, recipientes e químicos mostraram que o grupo tratava o crime como linha de produção — e a polícia tratou como prova.
Segundo o delegado Ayslan Magalhães, o mapa completo do esquema foi identificado, do laboratório rural até o ponto urbano de circulação. Ou seja, o delivery da facção foi cancelado na origem. Já o delegado Charles Pessoa ressaltou o impacto de arrancar o “motor” do esquema: sem produção, sem venda, sem lucro — e com muito trabalho policial planejado para dezembro e janeiro.
Os suspeitos foram levados à Central de Flagrantes de Parnaíba, junto com todo o material apreendido. A operação faz parte do Pacto pela Ordem e reuniu a 2ª Delegacia Seccional, o DRACO, a DFHT e a Inteligência da Polícia Civil.
Enquanto a facção perdia a “indústria”, a sociedade ganhava algo raro: paz em vez de pó.
Fonte: Revista40graus, SSP-PI e colaboradores
