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Governo de São Paulo confirma segunda morte por intoxicação de metanol

Polícia paulista prendeu 41 pessoas suspeitas de ligação com falsificação de bebidas
Redação

O governo de São Paulo confirmou, neste sábado (4), a segunda morte em decorrência de intoxicação de metanol. Trata-se de um homem de 46 anos e morador da capital paulista. Ele não teve o nome divulgado.

Conforme o balanço da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo tem agora 162 casos de intoxicação por metanol, entre confirmados e investigados. O levantamento indica 14 casos confirmados, com dois óbitos, ambos na capital. Outros 148 são investigados, sendo 7 óbitos.

Foto: Danilo VerpaA Polícia Civil de São Paulo, com apoio da Vigilância Sanitária, faz operação de fiscalização em estabelecimentos comerciais para investigar a venda de bebidas adulteradas com metanol
A Polícia Civil de São Paulo, com apoio da Vigilância Sanitária, faz operação de fiscalização em estabelecimentos comerciais para investigar a venda de bebidas adulteradas com metanol

"A Secretaria de Saúde recomenda evitar o consumo de bebida destilada que não saiba a procedência, e que o paciente com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica deve procurar atendimento médico imediato, realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica", diz trecho do comunicado governo, enviado à imprensa.

"Os sintomas de alerta são dores abdominais intensas, tontura e confusão mental. O socorro em até 6h após o início dos sintomas é fundamental para evitar o agravamento", acrescenta.

O número de prisões realizadas pela Polícia Civil de São Paulo em operações por conta de adulteração de bebidas subiu para 41. As ações ocorreram na capital paulista, Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí.

Além das prisões, a corporação apreendeu materiais, como garrafas, rótulos de marcas e outros. A força-tarefa, diz o governo, é para combater casos de contaminação por metanol. Ao todo, 11 estabelecimentos foram interditados.

Mais cedo, o Ministério da Saúde disse que em todo o país eram 127 casos de intoxicação por metanol. De acordo com a pasta, desse total, 11 casos têm confirmação laboratorial e 116 seguem em investigação.

Dessas notificações, 104 eram em São Paulo (11 confirmados e 93 em investigação), 7 casos em investigação em Pernambuco, 4 em investigação no Mato Grosso do Sul, 2 sendo investigados na Bahia, 2 no Goiás e 2 no Paraná, 1 no Distrito Federal, 1 em Roraima, 1 em Minas Gerais, 1 em Mato Grosso, 1 no Espírito Santo e 1 no Piauí.

Dentre os registros, 12 são de óbitos, sendo agora dois confirmados no estado de São Paulo e 11 em investigação (8 em SP, 1 em PE, 1 na BA e 1 no MS).

Estoque de antídotos

Para o tratamento, o Ministério da Saúde já havia adquirido 4.300 ampolas de etanol farmacêutico, distribuídas em hospitais universitários federais, que podem repassar a qualquer unidade do SUS. Agora, segundo Padilha, foi feita a compra de mais 12 mil ampolas, que devem chegar ao país na próxima semana e serão destinadas aos centros de referência em toxicologia.

Alexandre Padilha complementou informando que a Anvisa já havia repassado aos gestores estaduais e municipais a lista das "609 farmácias de manipulação no Brasil que tem capacidade de produzir o etanol farmacêutico", assegurando que o produto está "garantido em toda a rede do SUS, os centros de referência de toxicologia, os pontos de referência nas criatividades estaduais, o etanol farmacêutico para ser utilizado nos casos suspeitos por recomendação médica acompanhado pelos centros de referência de toxicologia".

Além disso, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o governo adquiriu 2.500 tratamentos com fomepizol, outro antídoto eficaz contra intoxicações por metanol e que não era comercializado no Brasil. O carregamento deve chegar ainda nesta semana, também para reforçar estoques estratégicos.

 

Fonte: Revista40graus, colaboradores e FS

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